Após o anúncio de que haverá mudança no comando do 8º Batalhão da Polícia Militar em Joinville, no Norte do Estado, cidade que enfrenta uma onda de homicídios e mesmo com o deslocamento de reforço a violência não deu trégua, o comando-geral da corporação em Florianópolis afirma que a decisão será tratada internamente.

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– É uma decisão como qualquer empresa. Ou seja, é uma decisão interna que será tratada no âmbito interno – comentou neste domingo à reportagem o comandante-geral da PM em Santa Catarina, coronel Paulo Henrique Hemm, sem confirmar nenhuma troca.

Nos próximos dias, deverá ser decidido sobre a saída do tenente-coronel Nelson Coelho do comando do 8º Batalhão da PM como revelou na semana passada em entrevista ao jornal A Notícia o comandante da 5ª Região da PM, coronel Benevenuto Chaves.

Na entrevista, Chaves demonstrou insatisfações com a gestão de Coelho, disse que a cidade “não pode ver crianças falecerem, serem vítimas de tiro perdido nas ruas” e anunciou que Coelho deverá ser substituído do comando pelo tenente-coronel Giovani Fachini.

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Desde o começo do ano, conforme apurações de A Notícia, já são 67 mortes violentas em Joinville, considerando homicídios, latrocínios (roubo seguido de morte) e mortes em confronto com a polícia.

Duas crianças foram vítimas de balas perdidas. Uma delas, Matheus Avi de Oliveira, de seis anos, morreu com um tiro no Bairro Jardim Paraíso.

No sábado, a Associação dos Praças de Santa Catarina (Aprasc) divulgou nota de apoio e solidariedade ao tenente-coronel Coelho. No texto, a entidade diz haver abandono da segurança pública na questão de efetivos e falta de políticas públicas assistenciais e inclusivas como saúde, educação, emprego.

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NOVO ASSASSINATO NO DOMINGO

Neste domingo houve mais um assassinato em Joinville. Um homem foi morto a tiros de manhã na rua Ronald Martin Dedekind, no Bairro Ulysses Guimarães, zona Sul. Duas pessoas estavam em uma motocicleta e dispararam contra a vítima, que não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

PM decide mudar comando de batalhão em Joinville após onda de violência

‘Não podemos ver crianças serem vítimas de tiro perdido’, explica o coronel