A Associação dos Praças de Santa Catarina (Aprasc) divulgou neste sábado uma nota oficial em apoio ao tenente-coronel Nelson Henrique Coelho, comandante do 8º Batalhão da Polícia Militar de Joinville.
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Na última sexta-feira, o comandante da 5ª região Benevenuto Chaves Neto revelou à reportagem de “AN” a decisão de trocar o comando do 8º BPM que, segundo ele, não tem apresentado resultados à altura.
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Confira a nota oficial na íntegra:
“A APRASC e os Praças de Joinville, tal qual inúmeros setores da sociedade joinvilense vêm por meio desta, prestar apoio e solidariedade ao Tenente Coronel Coelho, Comandante do 8º BPM, que está sendo penalizado por questões alheias à sua função e competência funcional. Infelizmente o Ten. Cel. Coelho, assim como a maioria dos comandantes de batalhões e os Praças da Polícia e do Bombeiro Militar, enfim, todos nós, estamos arcando com um ônus do qual não temos nenhuma responsabilidade, qual seja, o abandono por parte das autoridades políticas da segurança pública como um todo, notadamente, em nosso caso, na questão de efetivos, sem contar a falta de políticas públicas assistenciais e inclusivas, tais como saúde, educação, emprego, entre outras que auxiliam na formação do cidadão, na sua dignidade como pessoa e, portanto, no combate à delinquência. O que ocorre em Joinville – e “por toda Santa Catarina” – no tocante à (in)segurança pública que presenciamos, é fruto de erros cometidos por autoridades políticas do passado, que simplesmente abandonaram a segurança pública em suas necessidades mais básicas, como por exemplo, a contratação de policiais e bombeiros militares policiais civis e agentes prisionais. E isso, por si só dificulta e até inviabiliza o combate à criminalidade, o que se torna mais ainda grave a medida em que temos, no momento, uma disputa por espaço e poder entre facções criminosas, reconhecidas inclusive pelo Poder Judiciário, mas negadas pela Secretaria de Justiça e Cidadania, e que surgem por conta da falta de prioridade com que deve ser tratada a segurança dos cidadãos. Neste contexto, o Ten. Cel. Coelho e todos os policiais de Santa Catarina são tão vítimas quanto a própria sociedade. Um por ser responsabilizado por situações que lhe fogem à sua competência funcional, outros por serem submetidos a escalas de serviço que desafiam a lógica física e emocional de qualquer ser humano, e outros ainda, porque estão à mercê do abandono e das (in)decisões de governantes que primam por agradar pequenos grupos de apadrinhados, em detrimento de todos.
Segurança Pública é investimento que reflete no cidadão e no Estado, bem como é motivação e respeito aos profissionais em seus diretos mais básicos, adjetivos que infelizmente, a despeito da intenção, na prática não acontecem.
Aprasc – Associação de Praças de Santa Catarina”