O Ministério Público de Santa Catarina emitiu nota na tarde desta terça-feira informando que foi suspensa a entrevista coletiva que seria realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) de Itajaí na quarta-feira, sobre a Operação Trato Feito.
Continua depois da publicidade
> Escutas revelam supostas fraudes na prefeitura de Balneário Camboriú
> Operação põe sob suspeita licitação e construção da Passarela da Barra
> Apuração do Gaeco aponta falhas na comissão de licitações
Continua depois da publicidade
> Operação coloca sob suspeita obras de grande porte em Balneário
> Quem são os 14 presos na Operação Trato Feito deflagrada pelo Gaeco
> Prefeitura de Balneário suspende três das licitações investigadas
> “O Ministério Público errou na dose”, avalia o prefeito Piriquito
Conforme o MP, a suspensão ocorre em razão da continuidade das investigações e de não ter havido ainda a quebra do sigilo legal, impossibilitando a divulgação de mais detalhes do procedimento investigatório. Uma nova entrevista coletiva será marcada, mas ainda não há data para ela acontecer.
Segundo o promotor de Justiça e coordenador do Gaeco de Itajaí, Jean Michel Forest, os esforços se concentram, agora, na oitiva das pessoas relacionadas no inquérito e na análise e perícia dos documentos, mídias eletrônicas e aparelhos celulares apreendidos, além da coleta de novas provas.
Oito dos investigados permanecem presos preventivamente no presídio da Canhanduba: o secretário de Obras, Elton Garcia, o diretor de licitação da prefeitura, Rui Dobner, o presidente da Compur, Niênio Gontijo, o filho de Niênio, Renan Diegoli Gontijo, o engenheiro civil que era da comissão de fiscalização da Passarela da Barra, Rogério Vargas Elisbão, o diretor-geral da Secretaria de Obras de Balneário, Fábio Gago Ramos, o coordenador do departamento de Compras da Secretaria de Obras, José Magalhães Filho, o Zequinha, e o diretor da PLM Construções, Lauro Stefani.
Continua depois da publicidade
A libertação mais recente ocorreu no fim da tarde de segunda-feira, com a soltura de Rodrigo Hartmann Dobner, engenheiro diretor da Helpcon Construções, responsável pela obra da Passarela da Barra.
O promotor Jean Michel Forest afirma que a manutenção das outras prisões se deve à necessidade de garantir a efetiva coleta de provas e evitar a interferência nas investigações, não significando a confirmação antecipada da culpa de qualquer investigado.