Os presos na Operação Trato Feito, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) em Balneário Camboriú e mais oito cidades catarinenses, continuam sendo ouvidos nesta quarta-feira. Os depoimentos ocorrem no Presídio da Canhanduba, em Itajaí.
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A reportagem do Sol Diário levantou quem são os 14 presos na operação. Os detidos atuam nas secretaria de Obras e de Administração, nos setores de Compras e de Licitações da prefeitura e na Companhia de Desenvolvimento e Urbanização de Balneário Camboriú (Compur). Empresários ligados às obras e serviços investigados também foram presos.
Já o secretário de Planejamento de Balneário, Auri Pavoni, foi afastado do cargo por ordem judicial.A reportagem tentou contato com o secretário de Planejamento de Balneário por telefone pelo menos seis vezes na segunda e na quarta-feira. Até o fim da tarde desta quarta ele não atendeu e nem retornou as ligações.
Confira a lista completa e os contrapontos dos presos:
Elton Garcia
O advogado Gelson José Rodrigues, que representa o secretário de Obras, informou que ainda avalia a possibilidade de aceitar o benefício de delação premiada (oferecido a parte dos presos). Rodrigues apresentou um mandado de segurança à Justiça para ter acesso às escutas telefônicas que fazem parte do inquérito e está analisando as transcrições dos arquivos. O advogado também entrou com um pedido de liberdade provisória no fim da tarde de terça-feira.
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João Batista Leal
O advogado Joãozinho Zanella, que representa o secretário de Administração, entrou com um pedido de liberdade provisória e aguarda resposta do Ministério Público. João Batista Leal foi ouvido nesta quarta-feira.
Rui Dobner
É diretor de licitação da prefeitura de Balneário Camboriú. O advogado Carlos Adauto Virmond Vieira teve acesso nesta terça a parte do processo e ainda não sabia do que o seu cliente estava sendo acusado exatamente. Disse que Dobner é um servidor de carreira exemplar e que não há elementos para a manutenção da prisão.
Alessandra Alvares
O advogado José Álvaro Machado, que representa a presidente da Comissão de Licitações disse que teve acesso a algumas informações da investigação, mas ainda não vai se manifestar oficialmente sobre o caso.
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Niênio Gontijo
A reportagem não conseguiu localizar o advogado do presidente da Compur. Na casa do investigado, a pessoa que atendeu ao telefone não quis se identificar e disse não saber quem representará Niênio.
Rogério Vargas Elisbão
Engenheiro civil, era da comissão de fiscalização da obra da Passarela da Barra, uma das obras investigadas pelo MP-SC. A reportagem não conseguiu contatar o seu advogado.
Fábio Gago Ramos
Diretor-geral da Secretaria de Obras da prefeitura de Balneário Camboriú. O advogado Dagoberto Ramos disse que ainda não nenhuma posição sobre a defesa e que não estava autorizado por ele a expor nada a respeito, até em respeito ao sigilo da investigação do MP.
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Rodrigo Hartmann Dobner
Engenheiro diretor da Helpcon, empresa das obras da passarela da Barra. A reportagem não conseguiu contatar o seu advogado.
Giovane da Silva Constante
Engenheiro civil e diretor técnico da Compur. A reportagem não conseguiu contatar o seu advogado.
Renan Diegoli Gontijo
Filho de Niênio Gontijo, presidente da Compur. A reportagem deixou recado ao funcionário de uma empresa de Renan, mas não houve retorno até a tarde de quarta-feira.
José Magalhães Filho, o Zequinha
Coordenador do Departamento de Compras da Secretaria de Obras e Serviços Urbanos. A reportagem não conseguiu contatar o seu advogado.
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Lauro Stefani
Diretor da PLM Construções, de Tijucas. O empresário continua preso na Canhanduba, mas o advogado João Paulo Tavares Bastos já entrou com pedido de soltura. Ele ainda não foi ouvido. Bastos disse que Stefani nunca teve passagem pela polícia, tem família e patromônio constituídos e não havia necessidade de mantê-lo preso.
Marcelo Monte Carlo Fonseca
Engenheiro da Sotepa, de Florianópolis, Marcelo foi responsável pelo projeto do Elevado da Avenida do Estado. A reportagem não conseguiu contatar seu advogado. Na empresa, o diretor Rinaldo Silveira disse que não iria se manifestar, pois não teve acesso aos autos do processo. Ele também afirmou que a Sotepa não está sendo acusada na operação e que não sabia informar quem representa o engenheiro.
Hilário Phillipps, diretor da Sifra Construtora
A reportagem tentou contato com o advogado Roque Poffo Junior, mas ele não foi localizado nem houve retorno às ligações até a noite desta segunda-feira.
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