Um dos capítulos mais importantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde na Câmara de Vereadores de Joinville será o depoimento nesta quinta-feira da promotora Simone Cristina Schultz Côrrea.

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Titular da 15ª Promotoria de Justiça do Ministério Público (MP), Simone protagonizou um dos episódios mais polêmicos da gestão do prefeito Udo Döhler (PMDB) quando, em julho, encaminhou quatro ofícios cobrando ações judiciais não cumpridas na área da saúde.

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Segundo o MP, houve prática de infração político-administrativa por parte da Prefeitura, e é por causa dessas alegações que a CPI, presidida pelo vereador João Carlos Gonçalves (PMDB), passou os últimos 30 dias ouvindo testemunhas.

– A Simone Schultz vem, com certeza, como uma das peças mais importantes deste quebra-cabeça. Vai permitir que a comissão entenda detalhadamente onde estão as deficiências na saúde de Joinville – afirmou.

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A comissão foi criada em agosto com base nas denúncias feitas pela 15ª Promotoria. Foi estabelecido um prazo de 60 dias úteis para que o Legislativo investigue a responsabilidade do prefeito na ausência de remédios nos postos e as causas da não diminuição das filas para exames e cirurgias na rede municipal.

– Não houve comprovação de cumprimento, nem justificativa que impedisse o cumprimento das liminares. São quatro liminares descumpridas com intimação pessoal do prefeito. O Legislativo foi comunicado e agora está fazendo seu papel em coletar os depoimentos – disse Simone.

Segundo João Carlos, é preciso entender o motivo de faltarem remédios, de as filas não diminuírem e, ao final dos trabalhos, apontar não apenas as responsabilidades, mas também algumas soluções.