O Plano Nacional de Educação, aprovado no ano passado, traz metas ambiciosas, como o acesso ao Ensino Superior para metade dos jovens entre 18 a 24 anos. Sabedores que 80% das vagas não são públicas e gratuitas, programas de bolsas e financiamentos são ferramentas indispensáveis para o acesso e a permanência dos estudantes no Ensino Superior.

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O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), implantado em 1999, permite que, hoje, quase 2 milhões de jovens realizem o sonho de uma formação profissional. Os sonhos de futuros professores, psicólogos e as demais carreiras estão ameaçados.

Um programa que deveria ser de Estado, capaz de, em poucas gerações, mudar o país, está sendo reduzido em nome de um aperto fiscal, decorrente de equívocos nas políticas econômicas dos últimos anos.

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Inúmeros equívocos e restrições, que toda hora mudam de objeto, são anunciados pela mídia. O Ministério da Educação (MEC) furta-se a orientar e publicar normas, além de argumentar “problemas no sistema” e, hoje, menos da metade dos beneficiários conseguiram renovar seus contratos e um número bem menor conseguiu ingressar em novos contratos. Sentimentos como frustação, desrespeito e desespero entre os estudantes são crescentes.

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Às instituições de Ensino Superior que recebem esses estudantes, cabe tranquilizá-los, mantê-los nas salas de aula e buscar recurso para manter o funcionamento e esperar que a sensatez derrame-se sobre o MEC.

A educação deve ser vista como investimento e não como um gasto que pode ao bel-prazer de políticos desqualificados para o cargo e gestores burocráticos, reduzam a gasto supérfluo, passível de cortes, ceifando carreiras e expectativas. O Fies pode e deve ser melhorado, mas com diálogo e previsibilidade, instrumentos necessários e indispensáveis no funcionamento democrático. Fora deste âmbito, medidas autoritárias, casuísticas anunciadas teimam em desdizer o lema do governo Dilma II, “Pátria educadora”. Um pouco mais de coerência, aproximando a realidade do discurso.