Uma das maiores reivindicações da Associação Empresarial de Blumenau (Acib), junto ao Poder Público, sempre foi a infraestrutura, contemplando rodovias, ferrovias e aeroportos. Essas estruturas são fundamentais para o escoamento da produção e para o recebimento de cargas. Testemunhamos com frequência empresas saindo de Blumenau para se instalar em regiões do país onde o acesso é mais facilitado, bem como negócios deixando de vir para a cidade por conta desse motivo.

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O fechamento do Aeroporto Regional de Blumenau, o Quero-Quero, anunciado semana passada no Santa, deixa a classe empresarial ainda mais descrente em uma solução definitiva. O aeroporto fechado implica em grandes perdas econômicas e sociais para Blumenau e região. A suspensão de voos impede o transporte de cargas e encomendas, o deslocamento de jatos executivos, o carregamento de órgãos utilizados para transplantes e o funcionamento da escola de pilotagem. Esses são apenas alguns dos problemas que enfrentaríamos.

Ao pensar globalmente, vemos a aviação regional crescendo em todas as partes do mundo. O Brasil também está enxergando a importância deste modal. Prova disso foi a Medida Provisória 652, que cria subsídio para os custos de voos com origem ou destino em aeroportos regionais. Enquanto a economia em muitos locais no interior do país é dinamizada com ações desse tipo, na nossa região vemos ocorrer o contrário: os empresários têm de pagar a conta pela falta de empenho do governo na resolução dos entraves que afetam o desenvolvimento econômico.

O desejável seria que esse tipo de situação nem chegasse a ocorrer. Porém, como não podemos fugir da realidade, agora só nos basta esperar que atitudes sejam tomadas para que o aeroporto volte a funcionar (este texto foi enviado antes das negociações feitas pelo prefeito Napoleão Bernardes). E que se dê mais atenção às normas para que o aeroporto opere regularmente daqui em diante. Mais uma vez, a classe empresarial lamenta, mas não pode se conformar. Lamentar não adianta nada. A pressão tem de ser feita por todos para que os problemas sejam imediatamente resolvidos e não voltem a acontecer.

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