As mãos são o principal instrumento de trabalho de pelo menos 8,5 milhões de brasileiros. Em meio a uma economia que investe para descobrir maneiras mais rápidas de fabricar produtos padronizados, o trabalho manual ganha status de obra de arte. No país, o artesanato movimenta cerca de R$ 50 bilhões por ano.
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Na indústria da moda, o trabalho manual é uma forte tendência que se consolida. Grandes marcas internacionais como Dolce & Gabbana e Chanel têm valorizado detalhes como bordados e acabamentos delicados que, além do apelo estético, são mais difíceis de serem copiados.
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– No design de interiores também há uma crescente valorização de peças artesanais. Isso se estende a diversos setores, como gastronomia (culinária afetiva, bolos caseiros) e cosméticos (orgânicos e feitos em pequena escala) – diz Andrea Greca, pesquisadora de tendências da agência Berlin.
Para ela, a valorização do artesanal é impulsionada pelo consumo mais emocional, no qual há uma busca por benefícios além do funcional.
– Deseja-se vivenciar uma experiência positiva e afetiva pelo consumo de marcas e produtos. A história que o produto carrega consigo e as sensações que ele provoca tornam-se cruciais.
Simone Peluso, coordenadora estadual dos projetos de artesanato do Sebrae/SC, afirma que o Estado tem se destacado no setor, através do reconhecimento de prêmios nacionais e do reforço da identidade catarinense. Porém, ainda enfrenta alguns desafios. O primeiro é manter a regularidade da produção. Outro desafio está na venda.
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– Como eles não têm ponto comercial fixo, a indicação é que busquem blogs ou redes sociais para divulgar e vender produtos.