Com as três mortes em menos de sete horas neste final de semana, o número de homicídios chegou a 31 em Chapecó em 2015, conforme dados da Polícia Militar. A corporação, porém, descarta qualquer operação especial como as que ocorrem em Criciúma e Joinville, ou como a feita na própria cidade do Oeste catarinense no ano passado. O comando da PM avalia as execuções no curto período de tempo como atípicas diante de um cenário controlado e que foca na prevenção, com apreensões de armas de fogo como uma das principais medidas.

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Três pessoas são assassinadas em menos de sete horas em Chapecó

Média de homicídios caiu para um a cada 24 dias na operação de 2014

A Polícia Civil investigará os casos, mas apurações preliminares apontam que, embora todas as vítimas tivessem passagens pela polícia, nenhuma delas estava envolvida com grupos criminosos e as execuções não seriam resultado de confronto de facções por poder. Os homicídios foram registrados em bairros considerados distantes uns dos outros (Pinheirinho, Epafi e Parque das Palmeias), o que para o tenente-coronel Cosme Manique Barreto, comandande da Polícia Militar de Chapecó, é outro indício de que os crimes não têm relação entre si.

– Vínhamos tendo de dois a três assassinatos por mês na maior parte do ano e, entre maio e junho, ficamos quase 40 dias sem homicídios. Este foi um fim de semana atípico, que não reflete um aumento da violência – afirma o tenente-coronel.

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Operação conjunta em Criciúma começou em maio de 2015

Força-tarefa busca frear avanço de homicídios em Joinville

O comandante também destaca a apreensão de mais de 25 armas de fogo em agosto para considerar que a situação não exige reforço ou força-tarefa de outras regiões do Estado:

– Os crimes infelizmente ocorrem, mas a ação preventiva tem acontecido com vigor. Foi um fato totalmente isolado, e o quadro não se apresenta para alguma operação especial.

Em fevereiro de 2014, Chapecó recebeu uma operação conjunta das polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal com objetivo de frear o avanço dos assassinatos no município, que tinham sido 15 nos primeiros 50 dias daquele ano. Em 2015, há forças-tarefa semelhantes atuando em Criciúma e Joinville, que registraram mais de 45 homicídios cada uma até agora.