A um dia do prazo para a desocupação do terreno na SC-401, a Hora entrou com exclusividade na Ocupação Amarildo de Souza. Enquanto um grupo estava na Assembleia Legislativa fazendo negociações políticas, o clima era de normalidade no terreno na tarde desta segunda-feira. Crianças, mulheres e homens cantavam e tocavam violão logo em frente ao portão. Não havia nenhum movimento de desmontagem dos barracos.
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De acordo com um dos líderes, Fabio Ferraz, o grupo faz o que chamam de “Resistência Cultural”. Atividades com as crianças, teatro e mais música estavam programados até o fim do dia. Ele afirma que mais apoiadores do movimento devem chegar hoje na Ocupação:
– Vamos realizar uma grande assembleia nesta noite, e nossos apoiadores de todo o Estado estão vindo para Florianópolis – disse.
Ferraz explica que é preciso aguardar o fim das negociações para definir o rumo de terça-feira e, segundo ele, cabe ao Incra indicar um novo lugar para as famílias.
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O juiz agrário agendou uma coletiva para a imprensa às 17h desta segunda-feira. Em breve mais informações.
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De acordo o juiz agrário Rafael Sandi, a saída até a meia noite do dia 15 de abril, esta terça-feira, é inegociável. Ele também afirmou que considera”extremamente grave” a tentativa dos integrantes da ocupação de mudar o acampamento de lugar. Disse que estariam praticando um crime, previsto no código penal, ao invadir uma outra propriedade.
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Responsável pelo processo e pelo acordo que levou à data de desocupação, o juiz também disse que, se as pessoas não saírem do local até o prazo estipulado, só vê uma possibilidade.
– Não vou ter outra saída a não ser ordenar a reintegração de posse – disse Sandi.
Ele também comentou a ocorrência de sábado, em que os ocupantes do acampamento começaram a migrar pra outro local, mas foram impedidos pela polícia.
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– A situação poderia ter um desfecho trágico. Estamos falando do movimento de 500 pessoas por dentro do mato, com 100 policiais, em uma área difícil. Felizmente não houve dano ao patrimônio, dano à vida, nem à integridade de ninguém.
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