Levados pela NSC Comunicação ao centro das discussões nos últimos quatro dias, a gestão da dívida pública, o foco na segurança, a valorização da educação e o investimento em tecnologia e inteligência passam necessariamente pelo perfil do próximo governador e pela forma como ele vai administrar o Estado. É essa postura – e as ações essenciais a ela – que resume o último dos cinco motes do projeto SC Ainda Melhor: eficiência na gestão e visão de estadista.
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Doutora em administração de empresas pela Fundação Getulio Vargas e mestre em administração pela Universidade Federal da Bahia, a professora da Udesc/Esag Paula Schommer destaca que a transparência é um dos pontos fundamentais. A ideia é aproveitar melhor as inúmeras ferramentas que existem hoje e aprimorá-las, tanto para o controle do cidadão quanto para o bom uso do próprio gestor em monitorar as situações e os resultados.
A especialista também ressalta que não é necessária uma “revolução” para melhorar a eficiência na gestão. Ela cita como algumas ações o foco em solução de problemas com clareza sobre os resultados a serem alcançados, articulação com outras forças da sociedade e do próprio governo, melhoria de desempenho, reorganização de recursos já existentes, correções de processos, aprendizagem conforme o andamento do processo e participação do cidadão no desenho dos serviços.
– Não tem mistério, não é nada que precise de uma tecnologia que nunca ninguém imaginou. Em geral, são coisas viáveis, simples, que alguém se dispõe a fazer, a liderar. Muitas vezes, são coisas que se faziam do jeito antigo e que ninguém questionava – afirma Paula.
A visão – e a atitude – de estadista entra quando se olha para o futuro a médio e longo prazo de forma geral. Como explica o cientista político e professor da Univali Fernando Fernandez, é parar a busca por resultados exclusivamente imediatos e romper com o modelo de um governo eleito que trabalhe o primeiro mandato pensando na reeleição e o segundo construindo uma aliança para a sucessão.
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– É uma visão de quem governa para todos, e não para seu partido. Que considera os recursos públicos e os trata com respeito. Estadista é alguém que leva em conta essas questões para propor projetos que muitas vezes ele nem estará presente (quando houver resultados), mas que precisam ser iniciados hoje – argumenta o especialista.
Fernandez reforça ainda a importância do Poder Legislativo em todo o processo. De um lado, com deputados estaduais e federais e senadores alinhados a essa mentalidade menos eleitoral e mais republicana. De outro, com o futuro governante enfrentando os obstáculos, colocando em pauta e indo até o fim em temas polêmicos a partir de uma boa relação e boa articulação com os parlamentares – sem contaminações e jogos de interesses pessoais e políticos.
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