O s índices de criminalidade de Santa Catarina apresentam crescimento anual. A escalada das ocorrências atingiu o pico em 2017, que colocou Florianópolis no topo entre as capitais brasileiras que tiveram maior crescimento na taxa de assassinatos por 100 mil habitantes no período, em comparação com 2016.

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As estatísticas do Estado, no mesmo ritmo, subiram e registraram o quarto maior aumento do país, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2018. Apesar de uma queda dos números nos primeiros sete meses deste ano, o fortalecimento das organizações criminosas desde 2012 em terras catarinenses coloca o combate ao crime como um dos desafios para o próximo governador.

As 25 entidades ouvidas pelo projeto SC Ainda Melhor apresentaram sugestões de melhorias para área que atendem os principais eixos da segurança pública. Desde a prevenção até o reforço no sistema prisional passam pelos apontamentos. O integrante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública Elisandro Lotin enxerga a abrangência dos apontamentos e indica necessidade de foco em parte deles.

– A questão de efetivo policial é muito importante, precisa haver uma reposição permanente. É necessária um política pública de contratação. Dentro desse contexto, o governador tem que priorizar a segurança pública, ela não pode mais ficar à mercê de governos, tem que ser política de Estado – sugere Lotin.

Fundamentalmente, a priorização da área passa por investimentos e recursos destinados. Fontes ouvidas pela reportagem são claras: não há como fazer mais trabalhos de combate à criminalidade sem dinheiro. O consultor de segurança pública Eugênio Moretzsohn se soma às entidades que propuseram o uso de tecnologia nas ações policiais para sugerir o aproveitamento das câmeras de segurança privadas no sistema público. Atualmente, há um projeto em Santa Catarina nesse sentido.

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Na ponta dos eixos que compõem a segurança pública, o sistema prisional faz parte dos apontamentos das entidades ouvidas pelo projeto. Para o especialista em criminologia Sandro Sell, de nada adianta uma política de tolerância zero com muitas prisões se não se souber para onde as pessoas detidas serão levadas:

– Uma das coisas é a construção de novos presídios, de menor tamanho. Também é preciso parceria entre o Estado e as associações, no sentido de se formar espaços para a aplicação de penas alternativas para crimes não violentos.

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