Com mais de 12 mil empresas em funcionamento, a área de tecnologia em Santa Catarina é um setor em crescimento que já fatura R$ 15,5 bilhões, segundo a Associação Catarinense de Tecnologia (Acate). Com polos de inovação em regiões como Grande Florianópolis e arredores de Blumenau e Joinville, o setor é parte crescente da economia catarinense.

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Da mesma forma, o cenário promissor indica o desafio do poder público em aproveitar esse potencial para estabelecer parcerias e melhorar os serviços, seja em produtividade ou com novas ferramentas, principalmente nas áreas de segurança, saúde e educação. Esse é um dos pilares sugeridos pelas 25 entidades catarinenses ouvidas pelo projeto SC Ainda Melhor, da NSC Comunicação.

O setor de tecnologia da informação (TI) representa uma transformação na base da economia local – principalmente em regiões antes focadas na indústria – ou a modernização de áreas. É o caso da agricultura e da pecuária na região Oeste, que hoje já se beneficia com softwares de gestão e controle que melhoram a produtividade no campo.

A convergência entre o setor de TI e o governo tem sido destacada por líderes catarinenses como uma forma de encontrar soluções feitas no próprio Estado para aprimorar processos e reduzir a burocracia. A Acate atualmente tem 12 verticais de negócios que reúnem empresas de tecnologia por áreas como segurança, saúde, educação e agronegócio – todas conectadas com ações de prefeituras e do governo do Estado.

Presidente da associação, Daniel Leipnitz ressalta que o próximo passo é conseguir tirar projetos do campo das ideias e colocar na prática:

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– Nosso ecossistema pode oferecer todas as formas de ajuda para várias áreas. O governo vem se aproximando cada vez mais de nós, está desenvolvendo iniciativas que vão ajudar a facilitar esse trabalho como laboratórios e centros de inovação, fomento de polos tecnológicos. A materialização disso é o desafio, temos que junto do governo criar mecanismos para implantar as soluções – destaca.

Atualmente, startups catarinenses já fornecem soluções para a Epagri, que repassa aos agricultores do Estado, e algumas novas ferramentas estão em teste para a área da segurança pública. Isso é somado às iniciativas dos polos de inovação que têm sido implantados em cidades de várias regiões e devem incentivar, também, a formação de mão de obra para a área da tecnologia.

ABRANGÊNCIA DO SETOR EM SC

16 mil

empreendedores

12 mil

empresas em funcionamento

47 mil

trabalhadores

R$ 15 bilhões

de faturamento

Sistemas contribuem com a avaliação do poder público

Mais do que auxiliar nas operações, a tecnologia tem sido demandada para que outros órgãos e a própria população possam acompanhar o trabalho dos governantes eleitos. Presidente do Observatório Social de Blumenau, braço municipal da rede de entidades que fiscalizam o poder público nacional, o advogado Jorge Lobe aponta a importância de sistemas que ajudam a monitorar e criar índices de produtividade e desempenho.

– Já temos uma parceria com o Sindicato dos Trabalhadores de Processamento de Dados de SC para em janeiro desenvolver uma ferramenta de captação de dados abertos de Blumenau, para estabelecer indicadores socioeconômicos e de desempenho do poder público. Isso é uma ferramenta valiosa para mostrar efetivamente o que está sendo feito e facilitar a fiscalização. São iniciativas que devem ocorrer em todas as esferas do poder público – exemplifica Lobe.

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