Marcos Lichtblau

Presidente da Automatisa

Processos enxutos podem ser a solução para que empresas ganhem competitividade, internalizando processos de um modo mais eficiente. É um novo movimento, apoiado no lean manufacturing – ou manufatura enxuta -, um sistema de gestão focado na redução do desperdício, com ganho direto na qualidade.

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Conceitos como minimização do desperdício e melhoria contínua fazem parte das práticas que envolvem a criação de fluxos contínuos, baseados na demanda real dos clientes, além da análise e melhoria do fluxo dos produtos. A proposta desta prática, apresentada ao mundo pelos japoneses, é a eliminação de perdas, que se resumem à realização de atividades desnecessárias, que geram custo, mas não agregam valor.

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Grandes empresas têxteis, por exemplo, que contam com um volume de manufatura muito alto e competem diretamente com os chineses, apostam nos processos enxutos para serem competitivas. Assim, além do diferencial de moda e estilo, viram o jogo da terceirização e conseguem gerenciar melhor a estrutura geral ao buscar maquinário mais moderno, com custo operacional mais baixo e um melhor fluxo de produção.

Isso não é o fim dos terceiristas, mas uma aposta na internalização para aumentar em grande escala a produção. E é aí que máquinas inovadoras, como as com tecnologia digital a laser, são fundamentais.

A indústria brasileira vem se apropriando de conceitos da manufatura enxuta, entre eles a automatização. A introdução de máquinas mais eficientes representa a conquista mais rápida dos preceitos do lean manufacturing na busca de redução no tempo entre o pedido e a entrega, por exemplo, com flexibilidade e qualidade, a um custo mais baixo.

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O Brasil está caminhando, lentamente, nessa direção. O laser traz diferenciais qualitativos que geram redução de custo e melhor valor agregado. A otimização dos processos é um passo importante para o aumento da produtividade e, principalmente, para que os produtos sejam mais competitivos no mercado.

O sucesso destes avanços tecnológicos e gerenciais vem tornando as empresas mais sustentáveis, e muitas delas já reconhecem que a gestão lean pode ser fundamental para impulsionar a capacidade de competir no futuro. O desafio é vencer o paradigma improdutivo, com inovação e eficiência, para a sobrevivência das organizações no atual cenário econômico.