Mais uma associação de vítimas do suposto golpe coletivo praticado pelo empresário Marcos Antônio de Queiroz em Joinville está sendo criada. Em reunião neste sábado, no clube Palmeirinha, no Aventureiro, um grupo de 30 moradores, de dois empreendimentos imobiliários distintos, decidiram criar associações que tentem minimizar os prejuízos causados.

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A ideia é de que o órgão seja um caminho mais fácil para colocar de pé os imóveis vendidos por Marcos Queiroz, além de assegurar que as pessoas que investiram no negócio não tenham seus nomes jogados no Serasa e no SPC.

Cada uma das associações criadas neste sábado cuidará de um empreendimento diferente: uma será para o residencial Di Provesi e outra para o Bossa Nova. Um advogado que atua na área imobiliária em Balneário Camboriú, assessorado por um escritório de Joinville, sugeriu a iniciativa argumentando que através dela seria mais fácil conseguir respostas da Justiça.

Assim, após a formação destas duas associações – que seguirão o exemplo de associação semelhante, criada por quem comprou um imóvel no residencial Frankfurt -, os advogados entrarão com ações para que sejam suspendidos os contratos entre os compradores e Queiroz, evitando que qualquer um deles vá parar no SPC/Serasa.

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O segundo passo será buscar os direitos sobre o imóvel. Nesse caso, a tática utilizada será diferente para cada lugar, já que cada um se encontra em um estágio (alguns a escritura foi repassada para Queiroz, em outros não). Com o imóvel em mãos, a ideia seria continuar o empreendimento. Enquanto isso, será averiguar e atribuir culpa a órgãos públicos que teriam negligenciado a fiscalização eficiente dos empreendimentos feitos por Marcos Queiroz.

– Todos os negócios do Marcos Queiroz possuem algum vício que permite com que seja anulado. Então anularemos. Também buscaremos formas para que ele continue preso – diz o advogado Olegário João da Silva.

Enquanto as associações se formam, grupos de moradores que foram lesados na compra do imóvel pensam em protestar em frente ao Fórum de Joinville. Eles querem que Marcos Queiroz continue preso. É o caso do operador de CNC Pedro Vicente Simões, 52 anos, que havia comprado um apartamento no residencial Di Provesi, no Aventureiro. Ele deu uma entrada de R$ 35 mil pelo apartamento.

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– Esse cara tem que ficar preso. Temos que ir lá protestar. A associação pode ajudar algo, mas temos que fazer ele pagar por ter enganado tanta gente – diz.

Outra ideia trabalhada pelo grupo que está criando associações é manter um canal de comunicação entre todas as entidades que forem criadas. A corretora de imóveis Susy Hiroko, que trabalhou para o Grupo Marcos Queiroz, e hoje se dedica a organizar açoes na tentativa de reduzir o prejuízo, está trabalhando para formar associações em cada empreendimento.