Em uma reunião na tarde desta quarta-feira, vereadores, lideranças comunitárias e o procurador do município de Palhoça discutiram a situação da transferência da Ocupação Amarildo de Souza para um terreno particular na região de Maciambu. O prefeito Camilo Martins também iria participar da reunião, mas até as 14h30 não havia chegado.
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A imprensa não foi autorizada a acompanhar, mas vereadores declararam informalmente, antes do início, que são contrários. O presidente da Câmara dos Vereadores, Nirdo Pitanta, disse que se fosse ele o prefeito não permitiria:
– Se fosse eu, mandava colocar cinco carrada de barro e não deixavas eles entrarem. Palhoça já tem muitos problemas, não dá pra botar mais 300 famílias aqui assim – falou.
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Um ofício foi protocolado na Prefeitura por parte do Conselho Comunitário de Segurança do Cambirela pedindo providências emergenciais. O presidente Denísio Dias Kehl, declarou que o problema foi transferido para Palhoça, sem nenhuma consulta aos representantes.
– Queremos que o poder público interfira. Aqui já falta saúde, educação e tudo mais, sem contar o acesso ao local que é perigoso. A área também está dentro do parque de preservação – declarou.
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O procurador do município, Ítalo Mosiman, disse que ainda não tomou nenhuma medida legal, mas o fato de o terreno ser particular não permite que o proprietário faça o que bem entender:
– Estamos aguardando o posicionamento do órgãos competentes e, no máximo em 30 dias devemos ter alguma resolução, já que Palhoça não foi consultada sobre a transferência. Em um primeiro momento o prefeito se mostrou sensível, mas existem várias questões que precisam ser levadas em consideração, como a questão indígena, ambiental e social – disse.
Segundo Ítalo, as lideranças da Ocupação ainda não procuraram a Prefeitura para conversar.