Vereadores aprovam a terceirização da contratação de médicos em Joinville

A terceirização da contratação de profissionais de saúde pela Prefeitura de Joinville, planejada para reduzir a demanda represada na cidade, já não tem mais obstáculos para ser colocada em prática.

Os dois projetos de lei que firmam convênio com o Instituto Vida de Assistência à Saúde, de Garuva, para serviços de ortopedia e clínica-geral foram aprovados ontem na Câmara de Vereadores. Como a aprovação ocorreu em primeira votação, eles terão de ser votados novamente na próxima terça-feira, uma medida protocolar.

Não houve maior resistência aos projetos porque os pontos mais controversos, que diziam respeito aos prazos dos convênios, já haviam sido revistos e alterados por emendas.

Em vez de os contratos poderem ser prorrogados por até cinco anos, como era previsto anteriormente, os convênios aprovados terão apenas seis meses de duração (havendo prorrogação apenas se não forem contratados médicos concursados no período).

– Meu voto será a favor. Por mais que eu ache que não é uma solução e o problema não vai se resolver, ao menos é uma iniciativa do governo em tentar propor algo para a sociedade – anunciou o vereador Maycon Cesar (PPS).

Por ser contrário à escolha da entidade de Garuva, com a alegação de que falta know-how ao instituto, Maycon prometeu fiscalizar a atuação junto aos convênios. Único voto contrário aos projetos partiu do vereador Adilson Mariano (PT), que alegou ideologia ao rejeitar a terceirização das contratações.

-Serviços públicos, de saúde e educação, devem ser públicos. De maneira alguma podemos admitir a terceirização. É uma posição ideológica desse vereador – concluiu.

A Secretaria da Saúde planeja realizar mutirões assim que puder contar com os profissionais terceirizados. Não há certeza sobre quantos profissionais serão mobilizados porque a Prefeitura pagará por horas de serviço. Serão contratadas 1,8 mil horas mensais de clínica-geral. Preferencialmente, para atendimento no Pronto-Atendimento (PA) Leste.

Os trabalhos de ortopedia serão divididos em 288 horas ambulatoriais mensais e outras 528 horas-plantões mensais de cirurgias.