Vale do Itajaí: o que esperamos para 2016

Poucas vezes Blumenau precisou tanto de algo como uma solução para o drama do transporte público. São 125 mil idas e vindas que deixam de ser feitas diariamente. Trabalho, educação, lazer e obrigações são comprometidos pela falta de capacidade conjunta do poder público municipal e das empresas de chegar a um denominador comum em relação à fixação de tarifas, modelo de negócio e outros aspectos, muitos dos quais restam obscuros para a população em geral.

Dúvidas ainda permeiam as conversas no cafezinho. Por que a prefeitura demorou a agir, deixando que a situação chegasse ao ponto em que chegou? Como empresas que têm décadas de experiência no mercado passam por dificuldades e não encontram uma solução para os problemas delas?

Prefeitura dá ultimato ao Siga e empresas do transporte coletivo

Prefeito Napoleão fala sobre situação do transporte público em Blumenau

O fato é que agora a prefeitura corre atrás do tempo para de alguma forma regularizar o serviço. Pois queremos mais que regularização. Merecemos um sistema exemplar, que respeite os usuários e, mais que isso, que estimule os que dependem de carro a usar o coletivo.

Se Blumenau é a Alemanha sem passaporte no slogan para vender turismo, que seja primeiramente nos serviços públicos oferecidos à população. Do jeito que está, corremos o risco de visitar modelos mais próximos de países subdesenvolvidos que os adotados pelos nossos colonizadores.

Revisão 2015

Nesta mesma época, no ano passado, preparei uma relação de notícias que eu gostaria de publicar ao longo de 2015. Doze meses depois fui obrigado a revisitar a edição do dia 31 de dezembro de 2014 para saber se os meus desejos foram atendidos ou não. Acho que nem preciso dizer que a maior parte poderia ser novamente publicada hoje, já que em muitos casos nada ou muito pouco evoluiu.

Um exemplo é a situação das estradas da região de Blumenau. Pedi, há 12 meses, mais qualidade e velocidade na duplicação da BR-470, a revitalização da rodovia Jorge Lacerda (SC-412) e o início das obras do prolongamento da Via Expressa (SC-108), que já estava, naquela época, com a ordem de serviço assinada. Renovo aqui meus pedidos, já que nada disso foi noticiado ao longo de 2015. A esperança é a última que morre, não é mesmo?