Diante de um cenário político conturbado e de penúria financeira que deve promover um verdadeiro prefeiticídio nas próximas eleições municipais, alguns pré-candidatos já começam a fazer a pergunta óbvia: vale a pena ser prefeito?

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Claro que os políticos sempre discursam sobre as dificuldades e restrições de possuir um mandato, dos sacrifícios pessoais a que estão sujeitos e etc. Difícil é ver alguém abrir mão. Até o final do mês, os eleitores de Florianópolis devem assistir à inédita desistência de um prefeito em concorrer à reeleição. Cesar Junior (PSD) ainda não jogou a toalha, mas é assunto é dado como certo nos bastidores.

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A maré começa a atingir até quem nem prefeito ainda é. Depois de quase dois anos construindo um projeto para concorrer a prefeito de Itajaí, o ex-deputado federal Paulo Bornhausen (PSB) está com um pé fora de disputa e o outro na mesma direção. Questionado, admite que já esteve mais próximo de concorrer e que encomendou uma pesquisa qualitativa para entender melhor o que espera o eleitor da cidade portuária. Teme que a estadualização causada por sua presença dificulte acordos.

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Aliado certo, o PSD se sente ¿pendurado no pincel¿ com a provável desistência de Bornhausen. Já está em busca de outro nomes para enfrentar o ex-prefeito Volnei Morastoni, agora no PMDB. E por mais inusitado que pareça, tem importante liderança pessedista falando em apoiar o deputado federal Décio Lima (PT). A alegação é que o nome do ex-prefeito blumenauense é suprapartidário. Ou seja, mesmo sem Bornhausen, Itajaí não deve fugir do destino de uma eleição estadualizada.

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Em treinamento

Enquanto uns saem do jogo, outros entram. O secretário Murilo Flores (PSB), do Planejamento, está cada vez mais próximo de disputar a prefeitura de Florianópolis. Passou um final de semana em São Paulo fazendo midia training. Obviamente não foi para conversar melhor com os jornalistas. O que se diz é que Flores pode ser o plano b do governador Raimundo Colombo na Capital, mesmo que o PSD esteja sob o guarda-chuva de Angela Amin (PP).

Oi, tudo bem?

Pré-candidato a prefeito de Blumenau, o apresentador Alexandre José (PRB) fez um tour pela Assembleia Legislativa. Foi a diversos gabinetes parlamentares e conheceu a estrutura de comunicação do parlamento estadual. Garantiu que disputará a prefeitura, embora seja considerado o vice dos sonhos pelos demais partidos.

— Não posso ser vice de quem está atrás de mim — afirmou, em referência a pesquisas internas.

Outsider

De qualquer forma, a aposta na Assembleia é de que Alexandré José será vice do deputado estadual Jean Kuhlmann (PSD). A vantagem do apresentador para a disputa é não ser aquilo que todos seus possíveis adversários são: político.

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