A última carreta com material contaminado da subestação das Centrais Elétricas de Santa Catarina na Tapera em Florianópolis, seguiu para Camaçari, na Bahia, nesta terça-feira à tarde. Todo o resíduo retirado do local onde vazou o óleo de dois transformadores em novembro será incinerado. Havia restos de vegetação, solo e água.

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Cinco carretas fizeram transporte do material contaminado com ascarel, substância cancerígena. A primeira leva partiu no sábado, com dois veículos, e na segunda-feira, com outros dois.

Toda a transferência começou na última quinta-feira, quando as substâncias líquidas foram transferidas de sete caixas d’água para tambores e os sólidos foram agrupados em bags impermeáveis.

O vazamento de óleo na Tapera começou em novembro. Mas foi descoberto por órgãos ambientais em dezembro. Apesar de haver documentos dos vigilantes provando que responsáveis já tinham sido informados, Celesc e Universidade Federal de Santa Catarina, que está em processo de recebimento do terreno, afirmaram não ter conhecimento do acidente ambiental até o fim de dezembro.

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A Celesc fez a retirada do material e equipes de uma empresa ambiental privada farão o levantamento do impacto causado pelo vazamento de cerca de 12 mil litros de óleo com ascarel.

Um dos resultados deste crime ambiental foi o impasse na maricultura, com duas proibições judiciais e a manutenção de uma área de restrição de produção com cerca de 730 hectares feita pela Fundação Estadual de Meio Ambiente (Fatma).