A audiência para ouvir os envolvidos no núcleo 2 da operação Blackmail começou nesta segunda-feira em Joinville. As nove testemunhas de acusação começaram a prestar depoimento às 9 horas, no Fórum da cidade. Na terça e quarta-feira, se inicia a oitiva das testemunhas de defesa e dos denunciados, respectivamente. Nesta segunda parte do processo, seis pessoas foram denunciadas suspeitas de envolvimento no esquema.

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Os denunciados na operação foram divididos em dois grupos. No núcleo 1, com sete pessoas, o principal acusado é o fiscal da Secretária do Meio Ambiente, Julio Cesar da Silva. Ele, de acordo com a denúncia, controlaria um esquema de corrupção por meio do uso do cargo que exercia. No segundo grupo — que está em fase de julgamento — o ex-vereador João Carlos Gonçalves, aparece não apenas como interlocutor de Júlio no esquema, mas também como beneficiário direto de tráfico de influência.

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O ex-vereador chegou a ser preso preventivamente no dia 8 de novembro de 2016, mas foi solto no dia 23 de novembro e responde o processo em liberdade. O denunciado foi afastado do cargo de vereador em dezembro do ano passado. Além dele, outras cinco pessoas estariam envolvidas neste segundo grupo: o modelo Daniel Grah, o assessor parlamentar Jucelio Francisco Gabriel e os empresários Maurício Pirchio, Fabio Henrique Dulizia e Paula Fabiana Dulizia.

Segundo a assessoria da 2ª Vara Criminal, nesta terça-feira serão ouvidas 22 testemunhas de defesa. Já na quarta, prestam depoimento no Fórum todos os denunciados, exceto Paula que deve ser ouvida por carta precatória porque não se está na Comarca de Joinville. As audiências do núcleo 1 já foram concluídas e o processo aguarda a elaboração da sentença.

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A operação foi deflagrada em novembro de 2016 e investiga supostas ações de coibição executadas por Julio. Pelo menos oito provas envolvem diretamente sete suspeitos e, indiretamente, cinco pessoas. Os denunciados no esquema respondem pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa, tráfico de influência, entre outros.

Relembre o caso

A operação Blackmail, deflagrada em novembro de 2016, investiga supostas ações de coibição do fiscal da Secretária do Meio Ambiente, Julio Cesar da Silva. Conforme a investigação, o fiscal ia até estabelecimentos comerciais e obras notificando as vítimas sobre irregularidades com seus alvarás. O próprio Julio indicava o serviço de um grupo, ligado diretamente a ele, que ajudaria a colocar em dia essas licenças.

A denúncia assinada pelo juiz Gustavo Henrique Aracheski em 1º de novembro, com base nas investigações da Gaeco, dão conta de que pelo menos oito provas envolvam diretamente os sete suspeitos denunciados; e indiretamente pelo menos outras cinco pessoas.

Os denunciados foram divididos em dois grupos. No primeiro, com sete pessoas, o principal acusado é o fiscal da Sema. Ele, de acordo com o texto, controlaria um esquema de corrupção por meio do uso do cargo que exercia. No segundo grupo, o vereador João Carlos Gonçalves, que aparece não apenas como interlocutor de Júlio no esquema, mas como beneficiário direto de tráfico de influência.

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Os envolvidos

Núcleo 1

— Julio Cesar da Silva, fiscal da Sema;

— Ana Carolina de Medeiros da Silva, filha de Julio;

— Elaine Cristina da Silva, irmã de Julio;

— Mauricio de Lima Lopes, genro de Julio;

— Juarez Nicácio Pereira, ex-vereador;

— Adelson Macelay, arquiteto;

— Alessandro José Maia, funcionário da Sema.

Núcleo 2

— João Carlos Gonçalves, vereador;

— Daniel Grah, modelo;

— Jucelio Francisco Gabriel, assessor parlamentar;

— Maurício Pirchio, empresário;

— Fabio Henrique Dulizia, empresário;

— Paula Fabiana Dulizia, empresária.

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