As autoridades italianas retomaram nesta segunda-feira as operações de busca pelos 15 desaparecidos no naufrágio do transatlântico Costa Concordia frente à ilha italiana de Giglio depois da melhoria das condições climáticas.

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– Retomamos as operações de busca depois de termos verificado que o barco está estável – assegurou o porta-voz dos bombeiros, Luca Cari, ressaltando que o vento cessou, parou de chover e o mar está mais calmo.

As operações de resgate foram suspensas por cerca de três horas devido ao mau tempo.

O temor é que o barco deslize e caia dos 37 metros de profundidade em que está tombado para uma fossa de 70 metros, onde ficaria completamente submerso, o que acabaria com as esperanças de poder encontrar com vida algum dos desaparecidos.

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– Nossa esperança é que tenha sido criada no barco alguma bolha de ar – afirmou o prefeito de Giglio, Sergio Ortelli.

As equipes resgataram três pessoas 36 horas depois do acidente.

Manobra que cuminou no naufrágio seria homenagem a tripulante

Segundo o jornal italiano La Repubblica, o desvio de rota que aproximou o Costa Concordia da ilha de Giglio foi uma homenagem ao maitre Antonello, um membro da tripulação nascido na região. Por volta das 21h de sexta-feira (hora local), a irmã de Antonello, Patrizia Tivoli, postou em seu perfil no Facebook a seguinte mensagem:

“Daqui a pouco vai passar perto, perto o Concordia da Costa Crociere. Uma grande saudação ao meu irmão, que em Savona desembarcará para finalmente tirar umas férias.”

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Pouco depois, o Costa Concordia bateu em uma rocha próximo à ilha. De acordo com o La Repubblica, não é a primeira vez que o navio de cruzeiro faz manobras do tipo. Em agosto, o prefeito de Giglio, Sergio Ortelli, escreveu a um site de notícias local agradecendo publicamente pela passagem do Costa Concordia na costa da ilha, que se encontrava cheia de turistas.

Neste sábado, o capitão do navio foi detido pela polícia italiana.

O navio Costa Concordia naufragou na última sexta-feira, com 4,5 mil pessoas a bordo, das quais 53 eram brasileiras. Todos os brasileiros sobreviveram. Pelo menos seis pessoas morreram.