Família, amigos, arquibancada lotada e seu ídolo na torcida. O ambiente era todo favorável para Teliana Pereira conquistar seu segundo título de WTA na carreira e o primeiro de uma brasileira jogando em casa desde 1987, quando Niege Dias faturou o torneio do Guarujá, em São Paulo.
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Antes de enfrentar Teliana, Annika Beck vence o torneio de duplas
Teliana Pereira se classifica para a final do Brasil Tennis Cup
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Mesmo com esse clima, a dificuldade do jogo não foi menor. A alemã Annika Beck foi uma oponente que mesmo na adversidade de jogar com o estádio apoiando incondicionalmente Teliana, não deixou de assustar. Foi assim que ela conseguiu levar a partida para o terceiro set.
Sob o olhar do ídolo Gustavo Kuerten, Teliana Pereira precisou de 2h36min para conseguir vencer a alemã por 2 sets a 1, com parciais de 6/4, 4/6 e 6/1. Uma vitória histórica.
Em todos os jogos no Brasil Tennis Cup, Teliana Pereira entrou na quadra ao som de “Three Little Birds” de Bob Marley. A primeira frase da canção diz tudo sobre a semana da tenista em Florianópolis: “Não se preocupe com qualquer coisa”, em uma tradução livre. Foi assim no no Costão do Santinho desde o início para a pernambucana, depois de desistir do torneio de WTA de Bad Gastein, na Áustria, com problemas no joelho direito, Teliana chegou a Capital de Santa Catarina com muitas dúvidas, mas a principal era se as dores deixariam ela jogar.
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O primeiro jogo, contra a argentina Maria Irigoyen, foi complicado. Ela errou muito e ficou irritada, mesmo assim venceu em uma partida com mais de três horas de duração. Depois disso, Teliana evoluiu e naturalmente chegou à decisão.
Top 50
A conquista do título de Teliana Pereira não é histórico apenas por quebrar um jejum de 28 anos de conquistar no país. Ele também é histórico porque a tenista brasileira chega pela primeira vez ao top 50 do mundo. Agora ela é a terceira brasileira com melhor colocação no ranking da WTA. Criado em 1975, apenas duas brasileiras tiveram colocações melhores que Teliana. Maria Esther Bueno, que foi número 29, e Niege Dias, 31.
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