Independentemente do resultado da final do Brasil Tennis Cup, Teliana Pereira já conseguiu fazer história em Florianópolis. Pela primeira vez desde 1987, uma brasileira ira decidir em casa um torneio de WTA. A última tinha sido Niege Dias no torneio de Guarujá, em São Paulo, há 28 anos.
Continua depois da publicidade
Teliana enfrentou a letã Anastasija Sevastova e venceu por 2 sets a 0, com parciais de 6/3 e 7/5. Em 1h13min, a brasileira não teve dificuldades para vencer a partida.
No segundo set, Teliana Pereira errou um pouco, mas conseguiu reencontrar o jogo e fazer a felicidade dos mais de 400 torcedores que acompanharam a partida na quadra central do Costão do Santinho.
A torcida jogou junto com Teliana, e torceu a cada ponto. Quando Sevastova reclamou com a arbitragem a marcação de uma bola fora, a galera vaiou a letã. Nas arquibancadas a brasileira ainda teve o apoio do ex-jogador Alex, que defendeu Coritiba, Palmeiras e Cruzeiro.
Continua depois da publicidade
Ele é amigo da tenista e sua filha Maria Eduarda também joga torneios de categorias até 12 anos.
Diário Catarinense – Hoje você parecia mais solta em quadra, como foi a partida para você?
Teliana Pereira – Falando tenisticamente foi um jogo esquisito. Não acho que joguei bem, não estava sentindo bem as bolas. Ela não dava ritmo ao jogo. Acho que o bom foi que mentalmente eu estava tranquila, principalmente no segundo set que estava um game na frente. Ela parecia que não estava nem ai para a partida. Nos pontos importante fui mais agressiva que ela. É uma final de WTA, estou muito feliz.
DC – A torcida parece que hoje participou um pouco mais do jogo com você. Também teve essa impressão?
Teliana – Na verdade todos os jogos eles participaram bastante. Mas hoje foi diferente, também era especial uma semifinal, com chance de final. No final do segundo set que eu errei um pouco eles me deram muito suporte e fez toda a diferença. Toda a minha equipe e amigos que vieram também ajudaram.
Continua depois da publicidade
DC – Sua mãe (Maria) disse que só viria em uma fase mais decisiva do torneio. Ela estará na final?
Teliana – Claro que ela vem. Eu liguei para ela assim que acabou. Ela falou: “Já estou saindo”. Acho bom. Nosso, amanhã não sei se terá lugar suficiente para a minha família. Vão vir umas 35 pessoas. Amanhã não estou criando expectativa nenhuma, só o fato de estar na final é incrível. Quero ganhar, é óbvio. Estou feliz e está sendo uma semana muito boa. Eu cheguei e não sabia se conseguiria jogar por causa do joelho. E ele está cada vez melhor.
DC – Você um dia chegou a pensar em decidir um título de WTA no Brasil?
Teliana – Não, nunca tinha pensado nisso. Na verdade até esse ano ganhar o título não estava nos meus planos. Claro que estava, mas sabia que seria difícil. Estou feliz demais e amanhã quero jogar bem e fazer um bom jogo para as pessoas que acompanharem aproveitarem a partida. Quero vencer para todo mundo ter um final de semana agradável. Mas não quero criar expectativas. Hoje eu estava um pouco tensa, amanhã também estarei afinal é uma decisão de WTA.
Continua depois da publicidade