Há 11 dias, Teliana Pereira deixou a quadra do WTA de Bad Gastein, na Áustria, com dúvidas. Afinal, ela tinha acabado de desistir do torneio com problemas no joelho direto. Assim, a alemã Annika Beck seguiu na competição e acabou eliminada pela eslovaca Anna Karolina Schmiedlova nas quartas de final. Hoje, Teliana reencontra a alemã em uma situação diferente.
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Antes de enfrentar Teliana, Annika Beck vence o torneio de duplas
Teliana Pereira se classifica para a final do Brasil Tennis Cup
A melhor tenista brasileira tenta vencer seu segundo título de WTA no ano, em pleno Brasil Tennis Cup, com o joelho recuperado, ao lado da torcida, família e apresentando um bom tênis.
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Às 11h, no Costão do Santinho, Teliana tentará também quebrar um tabu que dura 28 anos. Desde 1987 uma brasileira não conquista um título no país. Naquele ano, a gaúcha Niege Dias venceu o torneio no Guarujá, em São Paulo.
O duelo deste sábado também coloca frente a frente cabeças de chave. Annika Beck foi a número 3 e Teliana Pereira a número 4. Além disso, elas se conhecem bem. Se enfrentaram duas vezes. A última no dia 21, quando Teliana desistiu no primeiro set, quando perdia por 5/2. O primeiro encontro foi em 2011 no ITF de Grado, na Itália. A brasileira venceu por 2 sets a 0, com duplo 6/2.
A família da brasileira, que mora em Curitiba, arrumou as malas e partiu para Florianópolis. Além da mãe Maria, Teliana terá o apoio do amigo Alex, ex-jogador do Coritiba, Palmeiras e Cruzeiro. Ele é vizinho da tenista e sua filha Maria Eduarda, de 11 anos, tem Teliana Pereira como ídolo.
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– Estamos torcendo muito por ela. Quando ela joga perto acompanhamos, foi assim no Rio Open e em um torneio lá em Curitiba – falou Alex.
Teliana: “Nos pontos importantes fui mais agressiva” ?
Diário Catarinense – Você pareceu bem solta em quadra, como foi a partida para você?
Teliana Pereira – Falando do ponto de vista do tenista foi um jogo esquisito. Não acho que joguei bem. A Anastasija não dava ritmo ao jogo. Acho que o bom foi que mentalmente eu estava tranquila, principalmente no segundo set que estava um game na frente. Ela parecia que não estava nem ai para a partida. Nos pontos importante fui mais agressiva que ela. É uma final de WTA, estou muito feliz.
DC – A torcida parece que hoje participou um pouco mais do jogo com você. Também teve essa impressão?
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Teliana – Na verdade todos os jogos eles participaram bastante. Mas hoje foi diferente, também era especial uma semifinal. No final do segundo set que eu errei um pouco eles me deram suporte e fez toda a diferença. .
DC – Sua mãe (Maria) disse que só viria em uma fase mais decisiva. Ela estará na final?
Teliana – Claro que ela vem. Eu liguei para ela assim que acabou. Ela falou: “Já estou saindo”. Acho bom. Amanhã não sei se terá lugar suficiente para a minha família. Vão vir umas 35 pessoas.
DC – Você um dia chegou a pensar em decidir um título de WTA no Brasil?
Teliana – Não, nunca tinha pensado nisso. Estou feliz demais e amanhã quero jogar bem e fazer um bom jogo para as pessoas que acompanharem aproveitarem. Quero todo mundo com um final de semana agradável. ?
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Annika Beck: “Cheguei sem expectativa de vencer no Brasil” ?
Diário Catarinense – Você venceu o título de duplas do Brasil Tennis Cup e tem a chance de vencer também em simples. Como vê essa semana em sua carreira?
Annika Beck – Eu vim aqui sem grandes expectativas de vencer dentro do torneio. E já ganhei um título e ainda tenho a chance de vencer o segundo. Amanhã (hoje) será bastante difícil porque vou enfrentar uma brasileira. Estou ansiosa para jogar a final. Eu espero deixar Florianópolis com dois troféus.
DC – Você conhece bem a Teliana, já enfrentou ela outras vezes. O que espera da final?
Annika – Vai ser muito legal. É a minha terceira final de simples. Nós jogamos contra na semana passada. Nós nos conhecemos muito bem e estou muito animada para essa decisão.
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DC – A torcida vai estar ao lado da Teliana, como espera essa pressão na final?
Annika – Vão torcer por ela. E eles esperam que ela vença, afinal está em casa. Tenho que fazer o meu melhor para vencer, mas acredito que as chances são iguais para as duas.
DC – Você derrotou a Bethanie Mattek-Sands em um jogo de mais de duas horas. Como foi a semifinal?
Annika – Foi um jogo muito difícil, jogar por mais de duas horas é sempre complicado. Mattek é uma grande jogadora, joga muito agressiva, sempre me colocando muita pressão. Eu consegui me defender bem e aproveitar minhas chances para vencer o jogo.
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