Você faz check-in na empresa: último dia de trabalho antes das férias. Em casa, fotografa a fofura do seu cachorro brincando no jardim. Uma selfie no carro para contar que a viagem ao Uruguai está ótima. A emoção da primeira apresentação do filho no Dia das Mães na escolinha. Outro chek-in: finalmente em casa depois da rotina cansativa. A essa altura, qualquer um sabe onde você trabalha, supõe que é casado, tem ideia do tamanho da sua casa, sabe que você tem ao menos um filho, reconhece a escola que ele frequenta e tem noção de qual carro você tem.
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Participe: você pretende mudar a sua postura ao usar as redes sociais?
Por mais inocente que aparente ser, qualquer informação publicada em uma rede social é uma peça do quebra-cabeça que conta tudo sobre a sua vida. Já parou para pensar sobre o que você está contando sobre si via Facebook, Instagram, Twitter, Linkedin, Foursquare ou qualquer outra rede?
A questão voltou a ganhar relevância quando o sequestrador do menino Angelo Antonio, 9 anos, contou que usou as informações dispostas nas páginas pessoais da família no Facebook para planejar a ação. Peterson da Silva Machado, 30 anos, disse que soube pela rede onde o menino estudava e informações que o levaram à conclusão de que a família tinha condições financeiras para pagar o resgate de R$ 500 mil.
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Angelo foi sequestrado na semana passada e libertado nesta segunda-feira em uma ação da Polícia Civil que acabou em dois mortos e duas pessoas presas. A família é moradora de Ilhota, no Vale do Itajaí.
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