O clima é de felicidade em frente à casa da família do garoto resgatado pela Polícia Civil depois de ter sido sequestrado na última quinta-feira. A comemoração tomou conta da residência onde ele mora, em Ilhota, e da rua em frente à casa. A via foi fechada diante da quantidade de pessoas que se aglomera no local.
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Segundo o pai do garoto, Jean Carlos de Oliveira, a criança não está machucada. Logo depois do resgate, a Polícia Civil levou o garoto até a família, que ergueu o filho nos braços em sinal de comemoração.
A Polícia Civil fará uma coletiva às 16h em Gaspar para detalhar a operação que resgatou o garoto e explicar como foi o trabalho da Deic nos últimos cinco dias.
Sequestro terminou na manhã desta terça-feira
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Terminou nesta terça-feira, no final da manhã, o sequestro de um menino de nove anos que mobilizou a Divisão Antissequestro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic). O garoto era filho de um empresário de Ilhota, brincava com um patinete motorizado a 250 metros de casa, em Ilhota, quando foi visto pela última vez quinta-feira passada. Ele foi mantido em cativeiro por cinco dias (sequestro iniciou às 19h30min de quinta-feira).
O desfecho ocorreu em Penha, no Litoral Centro-Norte. Segundo o delegado diretor da Deic, Akira Sato, dois bandidos morreram no confronto com a polícia e um terceiro foi preso. O sequestro ocorreu na noite de quinta-feira, quando um comerciante teria visto o menino sendo levado à força por um casal que estava em Ford Ka vermelho. Na mesma noite a família recebeu a primeira ligação de sequestradores que pediam um resgate de R$ 500 mil em dinheiro.
Confira a linha do tempo do sequestro do menino em Ilhota
A família acionou a polícia local que chamou reforço de da Divisão Antissequestro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), de Florianópolis, pelo menos dois delegados se deslocaram até Ilhota para ajudar nas investigações. Este foi o primeiro caso de sequestro desde a morte do delegado aposentado Renato José Hendges, conhecido como Renatão, da Divisão Antissequestro da Deic, no dia 16 de abril. Ele era conhecido pela trajetória e casos bem-sucedidos de sequestros em Santa Catarina. Inicialmente a polícia partiu do princípio de que se tratavam de sequestradores com pouca experiência, com base no valor pedido, considerado baixo.
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Esta hipótese preocupou ainda mais o delegado-geral Aldo Pinheiro D’Ávila, pois o fato de serem bandidos amadores trazia maior risco à vida do menino. Com o passar do tempo, porém, a demora em se dar fim ao caso e manter o menino em cativeiro, fez com que a polícia mudasse o foco e acreditasse tratar-se se criminosos experientes. Como a prioridade era garantir a integridade física do pequeno, a polícia optou por esperar que a família pagasse o resgate ao invés de estourar o cativeiro.
Menino é a alegria dos pais
O garoto levado por sequestradores tem perfil no Facebook. As fotos que publica não deixam dúvida: é a alegria da família. O sentimento fica evidente em postagens de cenas ao lado dos pais em casa, na praia, no restaurante e também na piscina de um edifício em Balneário Camboriú.
Nascido em Blumenau, ele também publicou foto com modelos famosas, entre elas a panicat Carol Dias – ela já desfilou com peças da grife de biquínis de propriedade dos pais do menino e que costuma promover desfiles com as integrantes do programa humorístico de rede nacional.
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A família é tradicional, bastante conhecida e mora no Centro de Ilhota, atrás da loja. Jean também tem envolvimento com a política. O avô do menino, empresário Érico de Oliveira, o Dida, proprietário de outra empresa, foi vice-prefeito entre 2001 e 2004 e duas vezes candidato a prefeito. Ambos participam ativamente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) local.
O Grupo RBS sabia do sequestro, mas não divulgou a ocorrência para não prejudicar na negociação com os sequestradores e preservar a vítima.