Start-up de Florianópolis paga R$ 2 mil para quem for contratado pela sua plataforma, a Geekhunter

Contratar um programador não é tarefa das mais fáceis, eles são disputados pelas empresas que mantém os vários aplicativos que estão no seu celular, só para dar uma exemplo. O mercado de tecnologia tem crescido de forma acelerada sem que o número de profissionais tenha acompanhado a demanda. E o pior, muitas vezes após semanas do processo de seleção a pessoa desiste da vaga porque o salário ou a expectativa em relação ao emprego não corresponde ao esperado pelo até então novo funcionário.

Uma startup de Florianópolis tenta eliminar esse desperdício de tempo tanto por parte da empresa como do profissional. A Geekhunter, incubada atualmente no Parque Tecnológico Alfa, elaborou um processo quase integralmente online que faz uma triagem dos candidatos. E os convites de entrevistas ocorrem só mais ao final do processo, quando já está tudo encaminhado.

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— Eram aproximadamente 60% de desistentes que passavam por toda a seleção. Sabíamos que tanto para o candidato como para a empresa, era um tempo totalmente desperdiçado — explica Celso Ferrari, fundador da empresa junto com seu irmão Tomás, explicando como surgiu a ideia.

Os gêmeos de 28 anos, um engenheiro mecânico e o outro engenheiro de materiais, ambos formados pela UFSC, criaram a empresa há menos de um ano. Já contam, no entanto, com clientes de peso como Ambev, Netshoes, Dafiti, 99Taxis, NuBank, entre outros.

A ideia surgiu para o mercado em Florianópolis, mas hoje atua em todo o Brasil, em outros polos tecnológicos: São Paulo, Belo Horizonte, Campinas e Rio de Janeiro, além da Capital catarinense. Nesse período de crescimento, foram procurados para ajudar em contratações locais e remotas de brasileiros para empresas dos EUA e Europa.

A melhor parte para quem é contratado é também a principal aposta da empresa para chamar atenção para o negócio. Se for escolhido para uma das vagas, além do emprego, a pessoa recebe ainda R$ 2.000,00 da Geekhunter.

— Apesar de uma redução em nossa margem de lucro, isso nos possibilita atrair um maior número de candidatos, o que justifica esse custo como uma forma de marketing — explica Tomás.

Como funciona

O modelo criado pela startup inverte o formato de contratações tradicional. Pela plataforma, as empresas oferecem convites de entrevistas já com a descrição da posição, salário, benefícios e detalhes da vaga, para que então venham a ter uma entrevista formal.

Na outra ponta, durante um período de 15 dias, todas as companhias parceiras têm total acesso às informações dos candidatos, que já passaram por uma triagem prévia. Podem filtrar por tipos de linguagem de programação, pretensão salarial, além de visualizar os testes de lógica e programação com a nota obtida, qualidade do código escrito para o teste prévio e tempo dedicado em cada questão.

A plataforma é 100% gratuita para candidatos e não há obrigação de aceitar qualquer oferta ou de conversar com as empresas. O processo é totalmente online e o candidato fica invisível para todas as empresas onde tenha trabalhado anteriormente ou para a empresa onde estiver trabalhando no momento.

Já as empresas podem se cadastrar gratuitamente e ter acesso a todas as informações dos candidatos das rodadas de contratações. Só é cobrada uma taxa de serviço a partir do momento em que a escolha for realizada — o mesmo valor do salário de um mês do empregado recém contratado. Com uma ¿garantia¿: uma nova contratação sai de graça se o empregado não se adequar à vaga e sair nos três meses iniciais.

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