Os trabalhadores em Educação de Santa Catarina cogitam a possibilidade de começar o ano letivo em greve. A informação partiu do presidente do sindicato da categoria (Sinte-SC), Luiz Carlos Vieira. Em coletiva na manhã desta quinta-feira, 6 de fevereiro, Vieira reclamou que o reajuste oferecido pelo governo foi de 8,32% para os trabalhadores que ainda não recebiam o piso, e para quem já recebia foi de 8,5% parcelado em três vezes, sendo 2% em janeiro, 2% em agosto e 4,5% em dezembro.

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A proposta não foi bem recebida.

– A educação em Santa Catarina precisa de estrutura para ter qualidade, e essa estrutura passa pela valorização do trabalhador – alegou.

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Além disso, a categoria alega que as salas de aulas estão superlotadas, problema que já foi relatado pelo Ministério Público, segundo Vieira.

– As escolas em geral têm uma má ventilação. Com esse calor não há como voltar as aulas sem ventiladores e aparelhos de ar condicionado – concluiu.

A fila de espera de pais em busca de vagas nas escolas também gerou reclamação. Luiz Carlos Vieira citou caso de Joinville, onde o problema seria mais saliente. O Sinte-SC reclamou ainda de instituições do Ensino Médio que estão sendo fechadas no interior do Estado quando há muita demanda por vagas nesta etapa de ensino.

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Nos dias 13 e 14 haverá reunião com lideranças de sindicatos de todo Estado. Nesse encontro será definido calendário para assembleias regionais. A meta é organizar movimento posterior, dentro do qual não se descarta a possibilidade de greve.

Ao todo são 36 gerências regionais de educação no Estado. Onze delas começam as aulas no dia 10 de fevereiro em razão do transporte escolar e dos feriados locais. Nas demais as atividades começam no dia 13 de fevereiro.

Os professores reprovam ainda a proposta do Ministério da Educação de um piso nacional para a categoria, de R$1697,37, subvalorizado, segundo o sindicato, pela pressão de prefeitos e governadores. Por isso, uma paralisação nacional já está marcada para 17, 18 e 19 de março.

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Novos professores concursados

Para este ano letivo 3,3 mil novos professores concursados foram empossados na última quarta-feira e conforme a Secretaria de Educação do Estado, em 2013 foram chamados 1,7 mil professores, totalizando a contratação de 5 mil novos profissionais para 2014.

Os professores efetivados foram aprovados no Concurso Público do Magistério realizado no final de 2012. O concurso é válido por dois anos, prorrogável por mais dois. A Secretaria de Estado acompanha a necessidade de professores e poderá fazer novas chamadas.

A diretora de Gestão de Pessoas, Lúcia Gorges, explica que assumem o cargo os profissionais que já escolheram suas vagas, em todas as regiões do Estado, e que estão em dia com a documentação exigida. Entre ativos, inativos e ACTs (contratados em caráter temporário), o Governo do Estado conta atualmente com cerca de 60 mil professores na rede estadual.

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