Faltando poucos dias para o início do ano letivo na rede estadual, marcado para o dia 13 de fevereiro, voltamos mais uma vez para conferir a situação de escolas da Grande Florianópolis que passam por reforma. Em duas das instituições visitadas na última quinta-feira, dia 30 de janeiro, o cenário é preocupante.

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Na Escola Vicente Silveira, que está interditada desde 2012 por parte da estrutura ter desabado, operários seguem trabalhando na construção da nova ala e reforma geral da antiga. A energia elétrica ainda não foi instalada, tão pouco os pisos, reboco e pintura. O entulho está acumulado em frente ao terreno, e o mato cresce por toda a quadra. Quatro funcionárias trabalhavam duro para dar conta da limpeza das salas prontas, mas sem esperanças de acabar o serviço até o início das aulas.

A parceria com a Faculdade de Palhoça, local em que os alunos estudaram em 2013, já foi encerrada, mas o diretor Marco Aurélio Stopaffoli garante que vão conseguir iniciar o ano no local:

– Uma parte já está pronta, e na nova ala quatro salas já foram entregues. O entulho já vai ser recolhido, e na segunda começam a limpeza do mato. O responsável pela obra me assegurou que vão colocar mais homens para trabalhar e vão entregar no prazo -disse.

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Em Florianópolis, na Escola Laura Lima, no Monte Verde, o ritmo de trabalho é lento. O presidente da Associação de Pais e Professores, Edelberto Rodrigues, está indignado com o atraso:

– Tem só quatro homens trabalhando em uma escola desse tamanho. O Governo fica colocando propaganda na televisão que tá fazendo reforma, mas já aqui já deveria estar pronto faz tempo – diz Edelberto.

O diretor Alcides Elpo Neto explica que por um problema ambiental a obra havia sido embargada, e somente em 9 de novembro foi liberada. Enquanto isso, os cerca de 800 alunos vão seguir estudando na ala antiga, que também precisa de melhorias:

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– Espero que até julho termine. Já vai fazer dois anos que estamos com quatro turnos, e isso prejudica os projetos – disse.

Dentro do prazo

Nas escolas Venceslau Bueno e Dom Jaime Câmara, em Palhoça, tudo corre dentro do previsto. Faltam poucos detalhes para finalizar a reforma na Dom Jaime, o que deve ser concluído na próxima semana segundo o encarregado da obra. Na manhã de quinta-feira funcionárias trabalhavam na organização das bibliotecas e salas de aula.

Já na Venceslau Bueno, a reforma da antiga ala da Venceslau Bueno, anima diretora Maria Helena da Silva, que acompanha diariamente o progresso:

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– Estou bastante esperançosa, porque a obra não para e tudo está correndo dentro do prazo. Vamos continuar com três turnos, mas já está tudo organizado – conta.

Confira a situação de cada escola

Palhoça

Vicente Silveira (Passa Vinte)

Valor da obra: R$ 1.927.247,62

Início: 23 de abril

Prazo: 300 dias

Segundo e engenheiro fiscal da SDR, Paulo Meurer, vai ser possível começar o ano letivo na escola, e na próxima semana vão concluir mais etapas.

– Pedimos uma aditivo de prazo de mais 90 dias, mas esperamos concluir antes _ disse.

Dom Jaime Câmara (Bela Vista)

Valor da obra: R$ 1.287.456,53

Início: Abril

Prazo: 180 dias

Faltam acabamentos como pintura em alguns locais, instalação de extintores que já estão na escola.

Venceslau Bueno (Centro)

Valor da obra: R$ 1.342.243,68

Início: 30 de abril

Prazo: 300 dias

Foi pedido um aditivo do prazo devido a falta de documentos para liberação do dinheiro por parte do BNDES, e a escola deve ser entregue até julho.

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Santo Amaro da Imperatriz

Anísio Vicente de Freitas

Valor da obra: R$ 778.703,95 + aditivo de cerca de R$ 200 mil

Início: abril

Prazo: 300 dias

Escola está praticamente pronta, faltam apenas acabamentos

Florianópolis

Laura Lima (Monte Verde)

Valor da obra: R$ 1.212.561,77

Início: abril

Prazo: 300 dias

Obra está atrasou por um problema de alvará ambiental.