Para o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), a atitude da tripulação em tentar barrar um garoto com doença congênita em voo da Gol, na última segunda-feira, segue procedimentos legais.
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– Não se pode confundir o cumprimento da norma legal durante o exercício das funções atribuídas pelo Código Brasileiro de Aeronáutica. Essas regras devem ser cumpridas, mesmo que, às vezes, sejam contrárias à vontade dos passageiros. Exigir uma declaração médica assegura a segurança e a saúde das pessoas a bordo – afirmou a entidade em nota.
> Doença que afeta neto de Deborah Colker é grave, mas não contagiosa
> Gol alega cumprimento das normas, mas pede desculpas à família
Durante o episódio, funcionários da Gol afirmaram que não decolariam com um menino de 4 anos, portador de epidermólise bolhosa, a bordo do voo 1556. A suspeita era de que o garoto, que é neto da coreógrafa Deborah Colker, tivesse uma doença contagiosa – o que não é o caso da enfermidade de Theo.
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Deborah Colker disse à imprensa que mostrou atestados comprovando que a doença do menino não era transmissível. Mesmo assim, agentes da Polícia Federal teriam entrado no avião para retirar o seu neto. A coreógrafa se recusou a deixar o voo, que decolou com atraso de uma hora, às 12h50min. Passageiros se manifestaram em favor da família e ameaçaram descer do avião caso o garoto tivesse de sair.
A avó do garoto anunciou que pretendeprocessar a companhia aérea pelo constrangimento. Em nota, a Gol alegou que estava cumprindo normas, mas pediu desculpas à família.
Confira a íntegra da nota do Sindicato:
Em razão dos transtornos ocorridos no voo da VRG GOL Linhas Aéreas, de Salvador para o Rio de Janeiro, na última segunda-feira (19/8), o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) informa que os procedimentos adotados pela tripulação da aeronave seguem normas regulatórias da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da International Air Transport Association (IATA) e da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
O SNA reitera repudiar qualquer forma de discriminação ou preconceito, independentemente da situação. Porém, não se pode confundir o cumprimento da norma legal durante o exercício das funções atribuídas pelo Código Brasileiro de Aeronáutica. Essas regras devem ser cumpridas, mesmo que, às vezes, sejam contrárias à vontade dos passageiros. Exigir uma declaração médica assegura a segurança e a saúde das pessoas a bordo.
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Mesmo sendo um caso isolado, o SNA esclarece aos associados e à população que existem diversas doenças infectocontagiosas, caracterizadas por lesões cutâneas. Por isso, é imprescindível a avaliação médica, pois não cabe ao aeronauta avaliar se há risco de contágio ou não.
A diretoria do Sindicato Nacional dos Aeronautas