O Sindilojas Porto Alegre calcula que os prejuízos causados pelo vandalismo de um grupo de manifestantes durante o protesto da noite de segunda-feira já somem R$ 2 milhões ao comércio do Centro. E o valor deve aumentar. Além disso, o faturamento dos lojistas da região deve sofrer impacto de 60% devido à antecipação do fechamento dos estabelecimentos e à insegurança.

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– É muito preocupante. Nesse clima que está, ninguém sai para comprar. Os clientes estão com medo, assim como os funcionários têm receio de trabalhar – afirma o presidente do Sindilojas, Ronaldo Sielichow.

Às 11h, cerca de 20 donos de estabelecimentos comerciais depredados irão se reunir com a entidade para avaliar a situação. A intenção da categoria é elaborar um documento para chegar às mãos do governador Tarso Genro pedindo providências. O Sindilojas ainda quer, nesta terça-feira, se reunir com o comando da Brigada Militar.

Segundo Sielichow, a Rua Doutor Flores foi uma das mais atingidas. Ele reforça que muitos dos pequenos comércios são o único patrimônio de uma família que trabalha diretamente com o negócio.

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– Reconhecemos a legitimidade e a importância dos protestos desses jovens de cara limpa atrás de um país melhor. Mas deveriam separar os encapuzados dos pacíficos. Além da integridade física, é o patrimônio das famílias. Temos que dar um basta – declara.

Em um caso emblemático durante os saques, Sielichow lembra que uma loja de artigos esportivos foi invadida e os ladrões trocavam de roupa dentro do próprio estabelecimento para fugir rapidamente da polícia.

Veja imagens do confronto entre polícia e manifestantes: