Os servidores municipais de Florianópolis decidiram em assembleia geral na tarde desta segunda-feira encerrar o movimento de greve, iniciado na tarde da última terça-feira. A decisão foi tomada na Praça Tancredo Neves, no Centro de Florianópolis. De acordo com o Sintrasem, sindicato que lidera o protesto da categoria, os servidores voltam às atividades normais a partir de 0h desta terça-feira.

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De acordo com um dos diretores do sindicato, Alex Santos, a prefeitura chamou os líderes para uma nova negociação na manhã desta segunda e mudou a proposta que vinha sendo apresentada.

– Prometeram enviar o projeto de cargos e salários para a Câmara de Vereadores até maio deste ano, com implantação em quatro anos a partir de maio do ano que vem, o que agradou a maioria da categoria.

Além do plano de cargos e salários, o reajuste salarial de 6 %, oferecido em três parcelas, teve a última data alterada de fevereiro para janeiro. Pelo acordo, o poder público vai pagar 3 % retroativo a maio, 2 % em outubro e 1 % em janeiro.

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A greve

A greve dos servidores municipais parecia se encaminhar para um fim quando, na sexta-feira, o desembargador João Henrique Blasi determinou a reabertura das creches e a retomada de serviços emergenciais de saúde. A multa imposta ao Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Sintrasem) era de R$ 50 mil por dia parado. Mas não houve intimidação por parte dos servidores e segunda-feira amanheceu com um cenário exatamente igual a sexta: saúde e educação prejudicadas.

Na Unidade de Pronto Atendimento do Norte da Ilha, pessoas esperavam até duas horas para serem atendidas. A sala de espera do primeiro andar estava cheia e o atendimento era parcial, ao contrário do que determinou a justiça.

A prefeitura informou que metade dos servidores dos postos de saúde estavam trabalhando. Os serviços mais afetados foram a fisioterapia e a odontologia, onde apenas 40% das unidades prestava atendimento normal.

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Quem procurou vacinas também encontrou dificuldades, onde apenas quatro em cada dez salas estava aberta.

Educação

Já nas creches, o atendimento estava exatamente igual ao de sexta, com 56,55% totalmente fechadas. Nas outras unidades havia atendimento parcial, onde pais e professores combinaram rodízios. No Nei Ponta do Morro, na Vargem Grande, apenas duas das sete turmas estavam funcionando, e de forma reduzida. Um cronograma foi feito com os pais para haver um rodízio entre as aulas das crianças.