Em assembleia nesta quarta-feira, os servidores do Hospital Municipal São José decidiram restringir o atendimento no pronto-socorro da unidade a seis pacientes por técnico em enfermagem. A restrição passa a valer nesta quinta.
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Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Servidores Públicos dos Municípios de Joinville, Garuva e Itapoá (Sinsej), Tarcísio Tomazoni Junior, a decisão foi tomada porque a direção do hospital não cumpriu uma das medidas acordadas na semana passada para desafogar o pronto-socorro, que permanece superlotado. A medida era transferir cirurgias eletivas para o Hospital Regional Hans Dieter Schmitd.
Tarcísio explica que se parte dos procedimentos tivesse sido transferida, conforme o combinado, em dois ou três dias o pronto-socorro do hospital retornaria à sua demanda normal.
De acordo com o Sinsej, há cem pacientes internados na emergência do São José, sendo que o setor dispõe de 47 leitos. E cada técnico chega a atender dez pacientes.
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Na assembleia de quarta, os servidores também decidiram fazer uma paralisação geral ao longo desta sexta-feira para unir forças com os profissionais do Regional.
O atendimento será feito apenas por 30% dos profissionais, como determina a Lei, e serão priorizados os casos de urgência e emergência.
Contraponto São José
O diretor do Hospital Municipal São José, Marcos Krelling, atribuiu a superlotação no pronto socorro ao grande fluxo de pacientes que a unidade está recebendo de Joinville e de toda a região Norte do Estado. Ele não confirmou o descumprimento de parte do acordo feito com o Sindicato dos Servidores Públicos dos Municípios de Joinville, Garuva e Itapoá (Sinsej) na semana passada.
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Foto feita por acompanhante de paciente na última terça-feira mostra a superlotação na sala de medicação:
Paralisação marcada
Os servidores do Hospital Regional estão com paralisação marcada para sexta-feira por causa do calor sentido por funcionários e pacientes. Eles cobram melhorias como instalação de aparelhos de ar-condicionado e ventiladores nos setores. A concentração será em frente ao pronto-socorro, a partir das 14 horas.
O hospital tem lugares com estrutura para climatização, mas está com os equipamentos desativados por falta de manutenção. A denúncia é do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimento de Saúde (SindSaúde-SC).
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A entidade destaca haver espaços sem ao menos ventiladores para amenizar a sensação de calor.
Além disso, o sindicato cobra a falta de água para servidores, doentes e acompanhantes. A diretora sindical Enilda Mariano Stolf destaca a escassez de bebedouros e até mesmo de água mineral para os internados.
– A situação está insuportável. Não só funcionários, mas também aqueles que precisam do Regional estão indignados com seu abandono – enfatizou Enilda.
A sindicalista lembra que o problema não é novidade. O tema já foi pauta junto ao governo do Estado várias vezes, inclusive com denúncias ao Ministério Público.
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– Sem respostas até agora, usuários e trabalhadores decidiram marcar uma paralisação. Pacientes também participarão da mobilização – garante Enilda.
Uma reunião com a direção do Hospital Regional está marcada para hoje. O SindSaúde-SC apresentará três propostas. A primeira e mais fácil, na avaliação da entidade, é a manutenção e ativação dos aparelhos de ar-condicionado já instalados. Outra medida, com prazo a ser definido, seria a instalação de novos equipamentos. Como medida imediata, pedirá ventiladores.
Médico registra em vídeo a superlotação no hospital na terça-feira da semana passada: