Como prometido, parte dos servidores do pronto-socorro do Hospital Municipal São José fizeram um ato de paralisação entre às 11h30 e 13h30 desta terça-feira. O objetivo da ação é chamar a atenção para a superlotação do setor que tem 47 leitos, mas está com 102 pacientes internados.
Continua depois da publicidade
Os servidores estão preocupados com a possibilidade de ocorrerem erros. Já que de acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos dos Municípios de Joinville, Garuva e Itapoá (Sinsej), cada técnico em enfermagem está atendendo hoje em média a dez pacientes, quando o ideal seriam seis. Os pacientes estão acomodados a distância de cerca de 30 centímetros e um mesmo suporte de soro é utilizado para até quatro pacientes.
Foto feita por acompanhante de paciente mostra a superlotação na sala de medicação:
Em coletiva na manhã desta terça-feira, o secretário Municipal de Saúde, Armando Dias Pereira Junior, atribuiu a superlotação aos procedimentos de alta complexidade em que o São José é referência, como cirurgias ortopédicas, neurológicas, de oncologia e transplantes de órgãos. Ele explica que nestes casos, os pacientes têm a necessidade de permanecer por um período maior na unidade para recuperação, o que impede um maior fluxo de pacientes no hospital.
Continua depois da publicidade
Para o secretário, essa época do ano também aumenta a demanda, já que as pessoas transitam mais e, como muitas estão em férias, acabam bebendo com maior frequência, o que aumenta a ocorrência de acidentes.
Além disso, Armando alega que o São José atende não apenas Joinville, mas toda a região Norte do Estado, o que equivale a uma área de abrangência de 1,3 milhão de pessoas.
Médico registra em vídeo a superlotação no hospital: