A Secretaria de Estado de Saúde apresentou, em reunião na tarde desta terça-feira com o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (SindSaúde) e funcionários do Hospital Celso Ramos, de Florianópolis, uma proposta de contingenciamento para a sobrecarga de atendimentos na emergência unidade. Na última sexta-feira, os servidores paralisaram as atividades por duas horas, como protesto pelas más condições de trabalho.
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Os servidores definiram, em reunião, dar um prazo de 24 horas para analisar se a proposta realmente se concretiza. As paralisações permanecem suspensas, mas caso as medidas não sejam efetivadas, os profissionais da emergência poderão decidir novamente por paralisar as atividades.
— O Sindicato vem alertando sobre a possibilidade de colapso em diversas unidades públicas, por conta da falta de servidores. Esperamos que agora a saúde seja de fato vista como prioridade, com a abertura de concurso público e a reposição cargos — disse a diretora do SindSaúde, Marilza Martins.
As medidas apresentadas pela Secretaria de Saúde:
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— Buscar leitos de UTI de retaguarda em outros hospitais públicos para encaminhar os pacientes que atualmente estão acumulados (número chega a 40, segundo o sindicato) no corredor e na reanimação da emergência;
— Alocar servidores das demais áreas do Celso Ramos e de outros hospitais para fazer o chamado Hora Plantão (hora extra) na emergência;
— Disponibilizar nove leitos do 2º andar para receber pacientes da emergência, suspendendo internações eletivas de outras especialidades do hospital;
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— Realizar reunião interna para organizar fluxo de pacientes e rotinas e otimizar o ambiente de trabalho com as novas medidas;
— Disponibilizar uma equipe de transporte de pacientes para a emergência.