Diante da baixa taxa de desocupação de Santa Catarina – 3%, metade da média nacional -, só há um caminho para empresas e entidades: investir em qualificação profissional. A iniciativa pode prevenir os ditos apagões de mão de obra, principalmente qualificada.

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Para Sérgio Arruda, diretor regional no Senai/SC, indústrias de todos os setores são impactadas pela falta de mão de obra. Ele diz que em 2013 o Senai/SC teve 151 mil matrículas em cursos de qualificação profissional, sendo 43 mil do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

– Às vezes tem vaga e é gratuita, mas temos que buscar candidatos.

Para este ano, a meta são 181 mil e já estão acordadas 51 mil vagas do Pronatec para o primeiro semestre. O Senai pretende focar em cursos à distância e atender mais municípios com unidades móveis – em 2013, foram 175 cidades no Estado.

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– Estamos fazendo esforço para auxiliar as empresas, mesmo com índices muito baixos de desocupação – diz Arruda.

Em 2014 os catarinenses têm à disposição 67 mil vagas em cursos de qualificação profissional gratuitos, mas há perspectiva de alcançar 97 mil vagas até o fim do ano. A estimativa é de que os 295 municípios do Estado façam a adesão ao Pronatec. O investimento previsto é de R$ 107,2 milhões do governo federal.

WEG faz mutirão para preencher as vagas

A WEG, de Jaraguá do Sul, também sofre com a falta de profissionais. Há tantas vagas que não há mão de obra qualificada para suprir. A indústria faz anúncio no rádio, e os colaboradores podem indicar familiares e amigos, além de mutirão de recrutamento no fim de semana.

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De acordo com Hilton José da Veiga Faria, diretor de Recursos Humanos da Weg, são abertas cerca de 350 vagas operacionais por mês.

– A maioria dos colaboradores contratados é da microrregião. Porém, há pessoas de todo o Brasil – diz Faria.

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