O bom momento mundial para o agronegócio impulsiona o resultado em Santa Catarina. Para o secretário Desenvolvimento Econômico e Sustentável, Paulo Bornhausen, o Estado está colhendo o que plantou nas últimas duas décadas com a manutenção da aftosa e inovação na área da agroindústria. Esses processos ajudaram a tornar o Estado um polo de exportação.

Continua depois da publicidade

>>> Leia também:

> Santa Catarina está no topo mundial na criação de postos de trabalho

> Agroindústria busca funcionários no Rio Grande do Sul para preencher vagas

Continua depois da publicidade

> “Situação do mercado de trabalho de SC é o melhor da história”, diz economista

– Na grande indústria, temos a vinda de investimentos estrangeiros como a coreana Hyosung e a BMW. Então, você tem um espiral de crescimento econômico e desenvolvimento sustentável.

O secretário aponta que SC precisa continuar com a exportação para gerar competitividade no exterior.

– Nosso padrão tem que ser EUA, Cingapura. Temos que competir de verdade. E isso é só para quem consegue exportar.

Continua depois da publicidade

A baixa taxa de ocupação impacta diretamente na oferta de mão de obra em Santa Catarina. Para João Rogério Sanson, economista e professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o quadro da falta de trabalhadores poderia ser solucionado com a vinda de profissionais de outras regiões do país, desde que os salários em SC subam mais do que nos demais locais.

– Também pode refletir falta de mão de obra para ocupações específicas, usualmente mais qualificadas – avalia.

Porém, o economista acredita que a falta de mão de obra tende a ser um fenômeno de curto prazo. Caso persista, isso seria resolvido por migrações, tanto interestaduais quanto internacionais.

Continua depois da publicidade

– De qualquer forma, com salários que equalizem oferta e demanda, não deveria haver apagão.

Micro e pequenas empresas geram mais vagas

Nem só de indústrias vivem os catarinenses. De acordo com o Sebrae, as micro, pequenas e médias empresas são responsáveis por 60% dos empregos no Estado.

– No Estado industrial, a terceirização acaba surgindo. Essas oportunidades vêm acontecendo na última década e juntaram-se com a veia empreendedora da população – diz o gerente de comunicação e mercado do Sebrae-SC, Spyros Diamantaras.

Ele destaca que o índice de sobrevivência de um negócio nunca esteve tão alto. Há dez anos, a cada 10 empresas que eram abertas, entre 70% e 80% fechavam em dois anos. Hoje, 76% ficam abertas.

Continua depois da publicidade