Para ir ao trabalho, Dieise Adair de Oliveira, 20 anos, encara diariamente uma viagem de uma hora. Todos os dias, atravessa a ponte sobre o Rio Uruguai em um ônibus fretado pela companhia. Apesar de morar há seis anos em Nonoai (RS), foi em Chapecó que ele conseguiu o primeiro emprego, na Aurora.
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– Lá não tinha muito emprego, principalmente para jovens – disse.
Nas viagens, ele vai acompanhado pela mãe, Roseni, que há 12 anos trabalha na agroindústria.
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Dieise começou trabalhando na higienização. Depois passou para o setor de temperos e condimentos. Agora é o responsável por controle do estoque dos mais de duzentos temperos que vão nos embutidos. Ele ganha o básico de R$ 1.305, mais prêmio de assiduidade de R$ 120. E, às vezes, faz hora extra.
Foi o transporte gratuito oferecido pela agroindústria que manteve a mãe de Dieise, Roseni, trabalhando em Chapecó. Mesmo passando duas horas por dia dentro de um ônibus, ele diz que chega no trabalho antes que alguns colegas de Chapecó, que em alguns casos precisam pegar duas lotações.
Durante o trajeto de 40 quilômetros, que dura cerca de uma hora, alguns conversam, outros cochilam, uns ouvem música e outros observam a paisagem. No vai e vem do ônibus já saiu até casamento.
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Dieise chega na Aurora por volta das 13h. A jornada vai até as 22h42. Então, espera até as 23h45 para pegar o transporte de volta. No retorno, a maioria vai dormindo. Dieise e a mãe chegam em casa por volta da uma hora da madrugada. Só vão dormir à 1h30, após banho e lanche.