Homens entre 18 e 30 anos, sem limites, com famílias estruturadas financeiramente, avessos aos estudos e ao trabalho, propensos a ganhar dinheiro fácil e usuários de drogas, principalmente a maconha, o ecstasy e o LSD.
Continua depois da publicidade
Este é, de modo geral, o perfil dos jovens utilizados no tráfico internacional de drogas, de acordo com o titular da Divisão de Repressão a Entorpecentes da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), Cláudio Monteiro, delegado com dezenas de prisões realizadas em SC que resultaram em condenações de quadrilhas especializadas no comércio de entorpecentes e de narcotraficantes.
– São jovens que dão preferência ao ter do que ao ser. Reconhecem ao entrar no tráfico uma oportunidade de renda extremamente lucrativa para dar suporte às necessidades de uma sociedade consumista. Frequentam a noite, os melhores locais e esbanjam dinheiro – observa Monteiro.
Para o titular da DRE/Deic, a porta de entrada dessas pessoas no crime é o consumo de droga. Acabam se tornando mulas em esquemas de tráfico internacional levando cocaína e trazendo drogas sintéticas. Geralmente tem passaporte, falam um pouco de inglês e, às vezes, tem dupla nacionalidade.
Continua depois da publicidade
– Não tenho dúvida que estes jovens tem uma deturpação de caráter. E quem sofre muito é a família que sempre quis dar o melhor para o filho – conclui o delegado Claudio Monteiro.