O fantasma da inflação voltou a assustar os investidores e consumidores brasileiros neste ano. Fazia muito tempo que o dragão estava dormindo, mas ele está de volta, fazendo com que o poder de compra fique cada vez menor.
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado o índice oficial da inflação no Brasil, é medido mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e tem o objetivo apontar a variação dos preços no comércio.
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Diversos grupos de produtos e serviços são considerados na sua composição. Dentre os mais relevantes estão os gastos com alimentação e bebidas, artigos de residência, comunicação, despesas pessoais, educação, habitação, saúde, transporte e vestuário. Tudo isso reflete no custo de vida das famílias que moram nas grandes regiões metropolitanas do Brasil com renda de um a 40 salários mínimos.
Em 2015, o IPCA voltou a subir com força em janeiro, fevereiro e março, atingindo variação superior a 1% nestes meses e acumulando alta de 5,33% nos cinco primeiros meses do ano. Mesmo com os constantes aumentos na taxa de juros, atualmente em 13,75% ao ano, o governo não está conseguindo trazer a inflação para perto da sua meta de 4,5%, e o IPCA deve fechar o ano próximo de 8%.
Se por um lado temos a inflação com elevadas taxas, também temos a oportunidade de conseguir remunerar os investimentos com taxas atreladas à variação do IPCA+ mais juros. O momento é muito propício, pois estamos em uma fase em que os juros reais estão com taxas elevadas. Mas, para isto, é muito importante estar constantemente comparando e analisando os investimentos disponíveis no mercado.
Entre as alternativas de investimentos para curto prazo, podemos destacar as NTNB-2019 (Notas do Tesouro Nacional com vencimento em 15 de maio de 2019). Elas são emitidas pelo Tesouro Nacional e remuneram IPCA+ mais juros de 6,7% ao ano, não exigem grande capital para investir e têm liquidez diária.
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Outra alternativa é o investimento por meio das Letras de Crédito do Agronegócio (LCIs), com rentabilidade de IPCA mais juros de 5% ao ano. Neste caso, o investimento precisa ficar aplicado geralmente por dois anos, mas tem o benefício da isenção do Imposto de Renda para pessoa física.