Os servidores do porto de São Francisco do Sul ameaçam entrar em greve na próxima segunda-feira se o governo do Estado não alterar o projeto de mudança no modelo de administração do terminal. A proposta de extinção da autarquia do porto e transferência dos ativos para o Estado foi sancionada pelo governador Raimundo Colombo, com publicação pelo Diário Oficial no final da tarde desta quinta-feira.
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Na pauta de reivindicações, montada em parceria com o Sintespe, o sindicato dos servidores estaduais, os funcionários recusam a transformação da proposta em lei. Mas caso a sanção seja feita, pedem que os quase 250 servidores do porto sejam transferidos diretamente à sociedade de propósito específico (SPE), a ser criada para administrar o terminal portuário. Pelo projeto, o pessoal passa a fazer parte da Secretaria de Infraestrura, com cessão à SPE. O pedido é para evitar o risco de troca de domicílio. A pauta cobra a manutenção de gratificações, criação do plano de cargos e salários, que sejam levados em conta os dias trabalhados para cálculo do vale-alimentação (e não somente os dias úteis) e equiparação salarial com o porto de Imbituba — já administrado por uma SPE.
Os funcionários também não querem que sejam transferidos para o tesouro estadual os R$ 103 milhões em caixa do porto de São Francisco. Nos debates travados na Assembleia sobre o projeto de mudança de gestão, o governo do Estado garantiu que não haveria perda de direitos dos servidores. Quanto ao repasse dos recursos para a caixa do Estado, a medida continua mantida, com uso do dinheiro para pagamento de dívidas na saúde, alargamento da BR-280 (no acesso ao porto), entre outras despesas.
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