Mais baixa em dez anos, a inflação ajudou, mas mesmo assim a nova greve do funcionalismo municipal de Joinville, a mais fácil de ser evitada, começa nesta segunda-feira porque Prefeitura e Sindicato dos Servidores resolveram medir forças. O Executivo sabe que acabará concedendo a inflação, mas preferiu oferecer apenas a metade.
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Na manhã desta segunda-feira, grevistas se reuniram na frente da Prefeitura de Joinville. Segundo o Ulrich, não há unidades de saúde nem escolas fechadas, porque os diretores/coordenadores estão abrindo as unidades.
Ainda não há levantamento da quantidade de servidores que aderiram nem de como os serviços serão afetados. Sobre a possibilidade levantada pelo prefeito em conversa ao colunista Claudio Loetz, de conceder mais 0,5% de reajuste, Ulrich considerou “tão ridícula quanto a proposta anterior”.
Em coletiva de imprensa, Udo Döhler disse que a partir desta segunda-feira, quem faltar o trabalho já começa a ter desconto na folha de pagamento.
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A negociação
No ano passado, em situação econômica pior, INPC maior e a presidente com processo de impeachment se encaminhando para o final (e não ameaçado, como é o caso de Temer agora), a Prefeitura deu a inflação, ainda que em quatro parcelas. O sindicato, por sua vez, já podia ter aberto a mão do ganho real de 5%, deixando o Executivo mais à vontade para oferecer a inflação, ainda que em parcelas.
Quanto vai durar
Mas como greve virou rotina, é a sexta em oito anos, incluindo a do Hospital São José em 2015, a opção foi essa, com a população ficando com o castigo porque os dois lados preferiram o jogo de xadrez de sempre. Pelo menos, não deverá demorar muito desta vez: o sindicato anda inquieto em relação à adesão, e a ¿arma¿ da Prefeitura, desconto dos dias parados, só pode ser usada daqui a três semanas.