O prefeito Udo Döhler poderá oferecer meio por cento a mais aos servidores municipais na negociação salarial. Udo confidenciou que a proposta que ainda está na mesa de negociações (de reajuste parcelado, de 1% em agosto e mais 1% em outubro) pode ser um pouco melhorada.
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A conversa ocorreu durante o Festival de Cucas, evento realizado no sábado, no Mercado Público Municipal. Mas confirmou ser inviável pagar o reajuste de uma única vez. Os servidores da Prefeitura estão em greve porque recusam os índices até agora propostos pelo Executivo. O prefeito ainda diz que a pedida do sindicato, que quer INPC mais 5% de ganho real, está completamente fora da realidade econômico-financeira.
— Os últimos dois meses foram muito difíceis. Meu olhar não está em junho. Visualizo dezembro, quando pago o 13º salário — argumenta.
As principais categorias de trabalhadores de Joinville conquistaram, neste ano, a reposição do INPC. A inflação, anualizada, é de 3,35%. Pouquíssimas categorias obtiveram algum pequeno ganho real.
Funcionários entram em greve
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Os servidores municipais de Joinville entram em greve nesta segunda-feira. O movimento pede a reabertura das negociações com a Prefeitura e o atendimento da pauta de reivindicações da categoria. Até o momento, o prefeito Udo Döhler realizou seis reuniões com o sindicato. O resultado disso foi uma proposta de reposição de metade da inflação parcelada em duas vezes: 1% em setembro e 1% em novembro.
Nem mesmo o vale-alimentação, cuja reposição inflacionária anual é prevista em lei, foi reajustado. A partir das 9 horas desta segunda, os servidores realizam um ato em frente à Prefeitura.
Pauta de reivindicações
Os trabalhadores pedem a reposição da inflação na data-base, que é em 1º de maio; 5% de reajuste a título de reposição das perdas acumuladas ao longo dos anos; equiparação do vale-alimentação ao da Águas de Joinville; revisão do plano de carreira geral, de modo a garantir a valorização da formação; e aplicação de um terço de hora-atividade, prevista em lei federal desde 2008.
Ainda pleiteiam revogação da suspensão do pagamento e do gozo da licença-prêmio, bem como da possibilidade de venda de um terço das férias; garantia de auxiliar de inclusão em todas as turmas nas quais é necessário.
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Também querem contratações imediatas e abertura de concurso para a demanda das unidades; eleição direta para diretores escolares; regulamentação da lotação e da transferência; apresentação de proposta para o atendimento de saúde da categoria; entre outras questões. Ao todo, a pauta de reivindicações reúne 11 cláusulas econômicas e 22 sociais.