Na coletiva, Milton Cruz disse que é sempre assim e que Patrick faz “box to box”, que é o famoso “área à área”, ou “bico a bico”, como diz o grande Lauro Búrigo. Patrick não fez “box to box”, simplesmente porque ficava na frente como meia. Só que pior do que isso foi escutar Milton Cruz dizer que “faltou sorte” por causa do lance de Nicolas Careca no início do segundo tempo. O Figueirense não jogou nada, nem no primeiro, muito menos no segundo tempo. Não dá pra falar em falta de sorte e muito menos reclamar de um lance específico.
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O Luverdense teve muitos outros lances e o Figueirense poderia ter amargado uma derrota ainda pior. Preocupa muito, pois, se para Milton Cruz este é apenas mais um desafio na carreira, que ele encara com naturalidade e frieza, para o torcedor do Figueirense é o desespero de estar vendo seu time voltar 20 anos no tempo, se a queda para Série C se concretizar.
Preocupação
O técnico Milton Cruz mais uma vez deixou o torcedor do Figueirense assustado. Pelo que aconteceu em campo, e a incapacidade de mudar o posicionamento do time, fazendo o time reagir com mais organização, e pela passividade na leitura pós-jogo, que ficou clara na coletiva. O time precisava, antes de qualquer mudança, se reorganizar. Estava fazendo o jogo errado e jogando mal. O jogo certo era fechadinho, marcando muito. Patrick apareceu em campo a frente de Marco Antônio. O volante era meia e o meia era volante. Não funcionou em nenhum momento.
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Assim complica
Está difícil analisar o Figueirense. Muito difícil. Quando se imagina que o time adquiriu um perfil, tudo vem diferente. Foi o que aconteceu sábado. Se imaginava que o Figueira fosse, a partir de agora, entrar em campo como entrou nas últimas três partidas, com uma marcação forte, muito intenso e que lutava muito durante os 90 minutos. Era organizado e jogava muito no erro dos adversários. Pois não foi nada disso que se viu em Lucas do Rio Verde. Foi um time espaçado, acima de tudo desorganizado.
Em nenhum momento o Alvinegro passou perto de enfrentar de verdade o Luverdense. Sem a mesma organização, a equipe levou um banho de bola de um adversário da zona de rebaixamento. Não era nenhuma dos times do Z-4 do outro lado, era o Luverdense. E o Figueirense perdeu de três, mas poderia ter perdido de cinco. Foi mais uma atuação abaixo da crítica.
Realmente vergonhosa, como disse o zagueiro capitão Marquinhos. Jogando desta forma, complica. Imediatamente o Figueira precisa se recolher ao que pode fazer neste momento da competição. É o “marcar e correr”, que tenho utilizado como expressão para explicar o que o Alvinegro tem condições de fazer. Não dá pra mais do que isso.
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