O Figueirense vive um momento muito duro, com pressão no campo e tensão fora dele. Tenho analisado aqui durante todo o ano, ou temporada por se tratar de futebol, que o planejamento está atravessado, remendado. Desde que, ainda no estadual, a diretoria disse que estava ¿antecipando etapas¿ e começou a contratar jogadores mais qualificados. Naquela época já estava, na verdade, correndo atrás. Tanto que ficou pra trás no Catarinense e nunca decolou no Brasileirão. Os quatro técnicos até aqui também mostram isso, principalmente como foi administrada esta última troca.

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Rodrigo Faraco: os bastidores da saída de Carlos Alberto do Figueirense

A forma como Argel saiu e como Tuca foi efetivado, invertendo a lógica da hierarquia e dando ¿poderes¿ ao grupo de jogadores. Os atletas não queriam mais Argel, que sentiu isto e pediu pra ir embora. Ao mesmo tempo deram força para a efetivação de Tuca. Era um passo perigoso e estava errado. Culminou com a saída de Carlos Alberto, que se sentiu dono de tudo e passou a exercer uma liderança agressiva com a liberdade que teve. Agora o clube tem que tentar ao menos arrumar a casa. Talvez a chegada de Branco seja um passo neste sentido.

Figueirense precisa de um técnico experiente

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Tenho falado quase que diariamente na CBN Diário e na TVCOM que Tuca Guimarães não seria o profissional para comandar o Figueirense nesta reta final de campeonato, ainda mais com o time na zona de rebaixamento e as pressões por causa deste fato. Não se trata de desqualificar o profissional, que tem mostrado um trabalho correto na organização da equipe, apesar de equívocos normais do jogo a jogo. A questão toda é a experiência, a bagagem.

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O Figueirense precisa de um técnico cascudo para segurar as pressões do momento, para comandar o vestiário, além de fazer o trabalho de campo. Alguém que saiba percorrer este duro caminho. E depois do empate com o América-MG a tendência é que a pressão ainda aumente mais.