Carlos Alberto não faz mais parte do elenco do Figueirense. O jogador foi desligado pelo clube na tarde desta terça-feira, quem fez o anúncio foi o assessor da presidência, Branco, pouco antes do treino do time no Estádio Orlando Scarpelli.

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— Foi uma decisão em conjunto da diretoria e da comissão técnica. O Carlos Alberto está desligado do Figueirense. Gostaria de agradecer o Carlos Alberto, que é uma pessoa maravilhosa. Agora é pensar nas 14 decisões que temos pela frente, são 42 pontos determinantes para o Figueirense permanecer na Série A — disse Branco, sem abrir para perguntas dos jornalistas.

Contratado em abril de 2015, Carlos Alberto jogou 30 partidas pelo Furacão e marcou oito gols. Seu grande problema no Alvinegro foram as lesões. Apenas recentemente ele conseguiu uma sequência de cinco jogos seguidos, que poderia ter sido maior se ele não tivesse sido expulso na derrota para o Cruzeiro no Scarpelli. Nesta temporada, Carlos Alberto jogou 15 vezes, a maioria deles pelo Brasileirão.

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Com 31 anos, o Figueirense foi o 11º clube na carreira de Carlos Alberto que no Furacão nunca foi uma unanimidade. Após renovar o contrato com o Alvinegro, o atleta se reapresentou com um problema no ombro que o deixou de fora de boa parte do Campeonato Catarinense, voltando aos campos somente no dia 6 de março, na derrota por 2 a 1 para o Brusque.

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Seu último jogo pelo Figueira foi a derrota por 3 a 1 para o São Paulo, no Morumbi. Após marcar um gol de pênalti, Carlos Alberto deixou o campo alfinetando os colegas.

— O Rafael Moura faz muita falta, mas em um grupo outros jogadores têm que suprir. Eu fui deslocado da minha função para jogar como centroavante, mas não consegui receber a bola. Agora temos o trabalho do Tuca contra o América-MG, mas os jogadores em campo sabem quando ficam devendo, tem que pelo menos lutar mais — criticou o camisa 19 em entrevista ao Premiere FC.

Sem querer revelar os nomes de quem ele estava cobrando, Carlos Alberto finalizou dizendo:

— Quando um jogador fica devendo, eu cobro no vestiário, não exponho ninguém.

O experiente que não deu certo

O Figueirense tem em sua história a tradição de “recuperar” medalhões do futebol. São os casos do zagueiro Cleber, Edmundo e Cesar Prates. Edmundo, por exemplo, depois de ser o artilheiro do Furacão na Série A de 2005 foi eleito um dos melhores atacantes do Campeonato Brasileiro, no Prêmio da CBF, e acabou sendo recontratado pelo Palmeiras.

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Carlos Alberto poderia estar nessa lista, mas ficará na mesma que atletas como Loco Abreu. Em 2012, ano que foi rebaixado da elite, o Alvinegro investiu muito dinheiro do atacante uruguaio que pelo Figueirense jogou apenas seis vezes, marcando apenas um gol. No fim da temporada ele teve o contrato rescindido não deixando saudade no Orlando Scarpelli.