Uma reunião entre a Agência de Desenvolvimento Regional (ADR), Polícia Militar e Secretaria de Estado de Educação no próximo dia 18 vai definir os últimos detalhes para a criação de um Colégio Militar a partir do próximo ano em Joinville. A unidade será instalada na Escola de Educação Básica Osvaldo Aranha, no bairro Glória, na zona Norte da cidade. A instalação do colégio foi uma promessa do governador Raimundo Colombo durante a passagem por Joinville em 15 de setembro do ano passado.

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O adiamento já havia sido anunciado em dezembro porque não houve tempo o suficiente para entrar com o processo para aprovação da nova unidade no Conselho Estadual de Educação dentro do prazo. A reunião do dia 18 vai contar com a presença do secretário de educação Eduardo Deschamps e da coronel Claudete Lehmkuhl, diretora de Instrução de Ensino da Polícia Militar de Santa Catarina.

Na última terça-feira, a coronel esteve na cidade para conversar com a secretária executiva da ADR, Simone Schramm. Ela repassou informações sobre a formatação da nova unidade, que funciona com professores concursados e contratados em caráter temporário pela Secretaria de Educação. A direção e o corpo administrativo serão compostos por oficiais que estão na reserva da corporação.

— O Colégio Policial Militar se diferencia, principalmente, pelas regras de disciplina que são exigidas dos alunos e professores. Acreditamos que vamos conseguir efetivar para o próximo ano — avalia a coronel.

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Segundo Simone Schramm, a ideia da reunião do dia 18, em Florianópolis, é acertar com a secretaria os trâmites para colocar em prática o novo colégio. Após a conversa, será dado entrada no processo de criação da unidade no Conselho Estadual de Educação.

— É um processo rápido no conselho. O governador também está cobrando porque fez o anúncio em 2016, mas não houve tempo para viabilizar o processo no final do ano — explica.

Florianópolis e Lages são as duas cidades catarinense que já têm unidade do Colégio Militar. Joinville será a próxima e também há pedidos para implantação em Laguna e Blumenau.

Como funcionará a nova escola

O colégio militar atenderá filhos de civis e de integrantes das forças de segurança pública nos ensinos fundamental e médio. Em Joinville, a unidade vai começar com turmas do sexto e do sétimo ano do ensino fundamental, formadas por estudantes de 11 e 12 anos, com as aulas tendo início juntamente com o ensino regular, seguindo o calendário oficial do Estado. Com o passar dos anos, os alunos vão continuar os estudos até concluir o ensino médio pelo colégio militar.

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Atualmente, a escola Osvaldo Aranha tem alunos estudando apenas no turno matutino e a nova unidade atenderia no mesmo prédio no período vespertino. Todos os estudantes que hoje estão na escola poderão concluir o ensino no mesmo local, mas não serão abertas novas turmas para o ensino regular a partir do próximo ano. As vagas serão destinadas apenas para interessados no Colégio Militar.

Segundo a secretária executiva da ADR, Simone Schramm, a gerência de educação fez um levantamento e constatou que cerca de 50% dos atuais alunos do Osvaldo Aranha moram mais próximos da Escola Bailarina Liselott Trinks, recém-inaugurada no Vila Nova. Desta forma, a tendência é de que eles sejam realocados para a nova unidade, por causa da proximidade. Os demais terão o direito de concluir os estudos no Osvaldo Aranha.