A instalação do Colégio Militar em Joinville, prometida pelo governador de Santa Catarina para o próximo ano, será concretizada apenas em 2018. O anúncio da nova unidade foi feito durante a passagem de Raimundo Colombo pela cidade em 15 de setembro.

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O problema enfrentado pela Agência de Desenvolvimento Regional (ADR), segundo a secretária Simone Schramm, foi o pouco tempo para a aprovação do Colégio Militar no Conselho Estadual de Educação. Um dia após o anúncio do governador, ela já havia afirmado que não poderia assegurar que o funcionamento começasse em fevereiro de 2017.

– Quando o governador veio para a inauguração da rua dos Suíços (data do anúncio do colégio militar), não havia mais tempo hábil para formatar o processo e encaminhar para aprovação no conselho – explica.

O conselho estadual recebe os processos para a criação de novas escolas apenas até o dia 30 de setembro de cada ano. Dessa forma, a ADR teve apenas 15 dias para a formatação do processo, que determinaria, entre outras coisas, o número de alunos e professores atendidos pela unidade.

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Com a impossibilidade de abrir o colégio no ano que vem, a ADR e o secretário de Estado da Educação, Eduardo Deschamps, decidiram deixar a inauguração para 2018. A unidade será implantada na estrutura da escola Osvaldo Aranha, no bairro Glória.

No próximo ano, a escola continuará a atender os alunos de 2º e 3º anos do ensino médio. Não foram abertas matrículas para novos estudantes de 1º ano para 2017 porque o objetivo é que o ensino médio tradicional seja encerrado na unidade com a conclusão da formação dos atuais alunos.

A partir de 2018, a escola militar começará a ser implantada de forma gradativa e em meio período para que ela divida espaço com as últimas turmas de ensino médio regular que estarão em formação.

Como funciona um colégio militar

Os primeiros colégios foram criados no Brasil para atender aos filhos de militares, mas depois abriram espaço para os civis. O ensino é o mesmo oferecido pelas escolas estaduais. A diferença está na filosofia implantada na unidade, com atenção especial à disciplina, ao respeito e civismo. O primeiro colégio instalado em Santa Catarina foi em Florianópolis e, neste ano, houve a inauguração de outro, em Lages.

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O comandante da 5ª Região da Polícia Militar, Amarildo de Assis Alves, explicou ao AN que no colégio militar os alunos têm horários definidos para as atividades, estudos, recreação, disciplina, civismo, hasteamento da bandeira e execução do Hino Nacional.

Se o estudante cometer qualquer ato de indisciplina, a escola adverte, solicita a presença dos pais e pode até gerar suspensão ou expulsão. No entanto, o coronel Amarildo reforçou que não é um regime militar, mas apenas o uso da filosofia militar para o ensino.