Em vez de acordo, mais confronto. A reunião entre os representantes do Sindicato dos Servidores (Sinsej) e da Prefeitura de Joinville, na tarde desta sexta-feira, foi tensa, e encerrada com discursos duros e sem nenhuma mudança no cenário de greve no Hospital São José.

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A Prefeitura anunciou que vai cortar o ponto e descontar os dias não trabalhados. O sindicato garante que não vai retroceder enquanto o prefeito Udo Döhler não conversar diretamente com os representantes dos servidores.

– Se o prefeito não vai negociar enquanto a greve não acabar, a greve não vai acabar enquanto ele não negociar – disse o diretor do Sinsej, Tarcísio Tomazoni, na saída do encontro.

A greve dos servidores do São José foi anunciada no dia 10 e começou no dia 13 de julho. O impasse gira em torno do corte do adicional de periculosidade e insalubridade previsto em um laudo preliminar, que determinava a perda de R$ 157 nos salários de 150 servidores do hospital.

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Hoje à tarde, a Prefeitura apresentou o laudo definitivo. Pelo documento, 113 servidores perderiam o benefício (e não 150, como previa o laudo inicial). Outros 12 teriam o adicional de insalubridade dobrado, de 20% para 40% do salário.

– O sindicato quer que o prefeito ignore o laudo. Inclusive em relação aos ganhos. Não é uma questão financeira, até porque o valor pago não representa tanto. É uma questão legal. O prefeito incorre em improbidade administrativa se não respeitar o laudo – disse o secretário de Comunicação, Marco Aurélio Braga.

O desconto dos dias parados deve ser contabilizado na folha de pagamento que será paga em outubro, já que a folha de agosto já está sendo paga e a de setembro em processamento.

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Uma assembleia, às 17 horas, em frente ao São José, deve definir o futuro da greve. Enquanto conversam com os servidores, os líderes do sindicato esperam uma reversão na decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, que considerou ilegal a paralisação.

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